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Tratamento de vasinhos e varizes sem acompanhamento médico pode levar paciente à morte

Não é difícil encontrarmos casos onde profissionais não autorizados colocam a saúde e até a vida das pessoas em risco por conta de procedimentos estéticos irregulares, sem o acompanhamento de um médico habilitado. O Cirurgião Vascular chefe do Instituto de Flebologia Avançada, Dr.Paulo Laredo, diz que entre os procedimentos mais procurados está o tratamento para secagem das varizes ou vasinhos nas pernas com profissionais não médicos. O que prometia ser um procedimento rápido pode se tornar uma marca irreparável para toda a vida. “Além de deixar sequelas, procurar tratamento com um profissional não especializado pode matar”, alerta.

Na internet, alguns profissionais não médicos oferecem milagres com a aplicação da substância chamada de esclerosante, mas essa pode ser a armadilha para quem não tem conhecimento sobre técnicas e ainda por cima quer economizar a todo custo. “Se atalho fosse bom se chamava caminho. A promessa de qualquer tratamento que seja rápida, fácil e barata deve alertar para um possível golpe”, destaca Laredo.

Os vasinhos também podem ser manifestações inocentes de um problema vascular mais grave como malformações vasculares ou distúrbios genéticos. O que muitas vezes pode parecer com um problema simples, pode também esconder detalhes que só um profissional treinado e com vasta experiência tem capacidade para distinguir.

Escleroterapia e ozonioterapia nas mãos de não profissionais podem levar à morte

A escleroterapia é um dos procedimentos que tem se popularizado por sua alta eficácia e baixa complexidade, mas ainda provoca muitas dúvidas. Essa procura por profissionais não médicos para fazer o tratamento das varizes traz riscos de consequências sérias aos pacientes.

“A escleroterapia pode causar problemas como trombose, embolia pulmonar, gangrena, infecções e até a morte. Essa técnica só deve ser feita com acompanhamento médico. Infelizmente, hoje nós vemos qualquer clínica de estética oferecendo esse serviço de forma irregular, sem acompanhamento de um profissional especializado, que pode dar o suporte correto ao paciente. Isso é um risco à saúde pública! A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular tem realizado campanhas para alertar sobre os riscos de se submeter à escleroterapia, sem o devido acompanhamento médico.

35,5% da população brasileira tem varizes, uma doença que pode gerar diversas complicações. Paulo Laredo salienta que, antes de se submeter ao tratamento, é importante que a paciente passe por uma avaliação médica, porque apenas o especialista pode indicar o procedimento adequado a ser feito.

“O paciente ou a paciente devem fazer uma avaliação completa com o exame de ultrassom com Doppler para descobrir a causa, a raiz do problema. E, então, o Cirurgião Vascular vai montar o seu Plano de Tratamento onde vai constar cada etapa do que deve ser feito. Depois de fazer esse diagnóstico correto do grau da doença, o especialista vai saber qual técnica aplicar. Há situações em que é necessário um procedimento cirúrgico para resolver o problema. O médico vascular traz segurança e evita complicações e riscos desnecessários. Muitas vezes querer economizar com esta doença é o famoso barato que sai caro depois. Hoje em dia, cada caso é um caso. Gosto de propor um plano de tratamento para cada pessoa de forma personalizada em vez de falar em sessões. O primeiro passo é a consulta médica detalhada”.

Outra “técnica” bastante difundida nas redes sociais como tratamento para as varizes é a ozonioterapia. Paulo Laredo alerta para o risco de realizar o procedimento.

“A ozonioterapia não é indicada para o tratamento das varizes. Hoje não existe nenhuma evidência científica que comprove que essa técnica funciona no tratamento das varizes e vasinhos. Você será enganado e vai perder tempo e dinheiro”.

A ozonioterapia também é contraindicada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Segundo a entidade, não há qualquer embasamento científico sobre a eficácia ou segurança desse tipo de tratamento e o Conselho Federal de Medicina, inclusive, já emitiu nota de repúdio a um projeto de lei que autorizava a ozonioterapia nesse tipo de tratamento.

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