O esporte movimenta milhões de atletas no mundo inteiro, o ano inteiro, todos os anos. No Amazonas não é diferente. O fluxo de competições permite que inúmeros talentos sejam descobertos e que cada vez mais modalidades possam ser desenvolvidas. No entanto, nem tudo ocorre de forma linear e serena. Em alguns momentos, divergências ou descontentamentos com resultados e atuações e brigas, entre outras situações que colocam em risco o andamento das competições, prejudicam todos os investimentos feitos. Cabe ao Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM), órgão que colabora com a melhoria do desempenho do esporte em todo o Estado, sanar essas adversidades e garantir a continuidade das competições.
Operador do Direito por profissão (advogado), Caio aprova e elogia o lado operacional do Tribunal. “Podemos perceber mais fortemente o papel do TJD, que tem levado ao Amazonas, de forma bem satisfatória, uma maior segurança jurídica nas competições realizadas pelas federações e demais entidades”, reconheceu.
Essa atuação tem sido fundamental, principalmente na modalidade futebol. O diretor de competições da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ivan Guimarães, também reconhece a atuação do TJD para o esporte Amazonense e afirma que hoje, seria impossível realizar competições sem a segurança oferecida pelo TJD. “Só temos a agradecer. Esse trabalho feito pelo TJD, sem ganhar nada pra isso, nos garante a serenidade necessária para fazermos sempre o que é melhor para a comunidade e pra modalidade”, afirmou Guimarães. “Parabéns ao presidente Edson Rosas, ao ex-presidente André Oliveira e também pela atuação de todos no Tribunal de Justiça Desportiva, que se consolidou no nosso estado. É uma vitória para todas as modalidades”, comemorou.
Casos polêmicos – Até o fim de maio de 2019, quatro casos marcaram o desporto amazonense e precisaram ser julgados pelo TJD-AM. Um deles foi por conta de uma confusão ocorrida durante as disputas do Jogos Universitários do Amazonas (Faud), na modalidade futebol de campo. Na ocasião, atletas se desentenderam em campo e provocaram uma briga generalizada, motivo pelo qual foram submetidos a julgamento pelo Tribunal.“Nunca tivemos nenhuma ocorrência como essa, de se chegar às vias de fato. Então, acionamos o TJD e isso foi de fundamental importância para o bom andamento do processo, já que atitudes como as dos envolvidos não condizem com o comportamento acadêmico e nem com o desporto educacional no nível universitário. O Tribunal vem para advertir e corrigir determinadas ações, de forma educativa, para que a violência não ocorra e nem seja estimulada, seja por atletas, treinadores, dirigentes, torcida, entre outros”, explicou a presidente da Faud, Lilian Valente.
Quem também aderiu ao TJD foi a Federação de Basquete do Amazonas (Febam), com a Copa Cidade de Manaus Adulto da modalidade. O presidente da Febam, Ali Assi, falou sobre o suporte que o Tribunal oferece. “Tivemos apenas um caso em que um atleta desrespeitou um árbitro, ao final do jogo, sem direcionar ofensas, mas com palavrões. O jogador foi submetido ao TJD, que lhe aplicou uma advertência. Acredito que, por menor que seja a ação, é importante que os competidores sejam corrigidos quando necessários. Neste quesito, o Tribunal oferece um grande suporte, pois auxilia neste processo, para o bom andamento do esporte”, afirmou.
Atuação – O presidente do TJD, Edson Rosas, ressaltou a contribuição do órgão frente ao esporte amazonense. “O TJD atua em seis modalidades, entre elas futebol, futsal, handebol, basquetebol, tênis de mesa e, recentemente, com a Faud. Até o fim de junho, acredito que mais dois esportes entrarão nessa conta. Contribuímos, acima de tudo, com a disciplina nas competições e é exatamente esse o ‘feedback’ (retorno) que temos dos presidentes de Federações, pois o auxílio maior é por conta da questão comportamental, que afeta os campeonatos e são trazidos para a apreciação do Tribunal”, explicou.
Educação – Além das sessões, Edson Rosas falou do caráter educativo promovido pelas ações do Tribunal. “Fazemos um workshop com atletas, árbitros e dirigentes de cada modalidade para explicar o que é a justiça desportiva. Além disso, temos a Escola Regional da Justiça Desportiva, pela qual fazemos esses cursos, treinamentos, entre outros, e já vamos preparar uma pós-graduação para todas as pessoas envolvidas no esporte. Mais do que conscientizar, queremos conversar com todos e buscar uma oportunidade de melhorarmos o desenvolvimento esportivo do Estado, orientando a base, trazendo cursos de formação e assim sucessivamente”, destacou.
Sobre as atividades do TJD, Edson lembrou dos valores agregados a cada decisão. “Não é só a questão disciplinar, mas também o TJD procura estimular os desportistas e todos aqueles que passam por aqui, a fazerem o que é certo e, com isso, aprender lições importantes como saber ganhar e saber perder, respeito ao próximo, formação de caráter, entre outros. O Tribunal não se limita às sessões de julgamento, mas desenvolve o esporte como um todo. Esse é o maior diferencial”, pontuou.
Próximo evento – No próximo sábado (08/06), a partir das 9h, uma videoconferência será realizada na sede do TJD-AM, localizada na rua Rio Purus, nº 29, bairro Nossa Senhora das Graças, com o tema “Futebol Feminino em Portugal: treinamentos e lesões”, ministrada pelo Prof. Msc. Renato Fernandes, licenciado e mestre em Ciências do Desporto pela Universidade de Lisboa (FMH) e doutorando pela Utad. Os interessados em participar do evento deverão entrar em contato pelo telefone (92) 98231-2473. A inscrição será um quilo de alimento não perecível.
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