A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas por envolvimento em um esquema de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações públicas. O caso em questão trata da falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.
Além de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciadas. Eles são acusados de participar ativamente na falsificação de documentos, colocando em risco a saúde pública e a integridade dos sistemas de informação.
O processo agora está nas mãos do Ministério Público Federal, que irá decidir se há evidências suficientes para levar os acusados a julgamento. Caso sejam considerados culpados, as penas para os crimes variam de 1 a 12 anos de prisão, dependendo da gravidade das infrações.
A defesa do ex-presidente Bolsonaro, representada por Fabio Wajngarten, lamentou a divulgação das acusações, mas não comentou especificamente sobre o indiciamento. Por outro lado, Washington Reis, irmão de Gutemberg Reis, classificou as acusações como uma “covardia” e “perseguição política”, afirmando que seu irmão é inocente e não teve envolvimento com a falsificação de certificados de vacinação.
A lista completa dos indiciados inclui:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
- Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid;
- Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
- Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército;
- Farley Vinicius Alcântara, médico;
- Eduardo Crespo Alves, militar;
- Paulo Sérgio da Costa Ferreira;
- Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
- Marcelo Fernandes Holanda;
- Camila Paulino Alves Soares, enfermeira;
- João Carlos de Sousa Brecha, ex-secretário de Governo de Duque de Caxias;
- Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
- Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
- Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
- Célia Serrano da Silva.