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O Boletim Focus do Banco Central, publicado nesta manhã de segunda-feira (28), mostra que a mediana dos mais de cem analistas consultados para a publicação reduziram, pela segunda semana consecutiva, a projeção de inflação para 2025. Desta vez, a expectativa caiu de 5,57% para 5,55%.
Para 2026, a expectativa de inflação subiu de 4,50% para 4,51% e, para 2027, continuou em 4%.
Desde janeiro de 2025, em linha com a experiência internacional, o regime de metas de inflação passou a se referir à inflação acumulada em doze meses, apurada mês a mês, também conhecida como “meta contínua”. Todo mês, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Antes, essa verificação era feita anualmente.
No Brasil, a meta para a inflação e o índice de preços utilizado são definidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e cabe ao Banco Central adotar as medidas necessárias para alcançá-la.
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
O instrumento utilizado pelo BC para atingir a meta é a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 14,25% ao ano.
Em março, conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), encerrou o mês com avanço de 0,56%, após registrar alta de 1,31% no mês anterior. Todos os grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês, com destaque para Alimentação e bebidas, que acelerou de 0,70% para 1,17%, com impacto de 0,25 ponto percentual no índice geral.
Veja outras previsões do Boletim Focus
PIB (Produto Interno Bruto)
- 2025: a mediana da projeção do mercado ficou estável em 2%.
- 2026: a previsão de alta do PIB continuou em 1,70%.
Taxa de juros
- 2025: para o fechamento deste ano, a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 15% ao ano.
- 2026: o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.
Dólar
- 2025: a projeção para a taxa de câmbio para o fim deste ano permaneceu em R$ 5,90.
- 2026: a estimativa recuou de R$ 5,96 para R$ 5,95.
Balança comercial
- 2025: para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a mediana do mercado financeiro ficou estável em US$ 75 bilhões.
- 2026: a expectativa para o saldo positivo subiu de US$ 79,3 bilhões para US$ 79,4 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro
- 2025: a mediana da previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões.
- 2026: a estimativa de ingresso também permaneceu inalterada em US$ 70 bilhões.
Fonte: ICL Notícias