Índices futuros dos EUA operam em queda nesta 3ª feira

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Os índices futuros dos Estados Unidos recuam nesta terça-feira (20), refletindo a cautela dos investidores diante da avaliação de que a recente valorização dos mercados pode ter ido além dos fundamentos econômicos. A movimentação ocorre em meio a preocupações persistentes com a inflação resiliente e com o impacto prolongado das tensões comerciais entre EUA e China.

Apesar de um otimismo recente, alimentado por um acordo provisório entre Washington e Pequim para suspender tarifas, as incertezas seguem no radar. Autoridades do Federal Reserve, o banco central estadunidense, reforçaram na véspera um discurso conservador, sinalizando que ainda é cedo para discutir cortes nos juros sem dados mais sólidos sobre a trajetória da economia.

No front corporativo, investidores acompanham os balanços de grandes varejistas. Após o Walmart alertar sobre os efeitos inflacionários das tarifas, a expectativa se volta para os resultados da Home Depot, que podem indicar tendências na demanda do consumidor frente a preços mais altos.

Sem indicadores econômicos relevantes na agenda doméstica, o mercado brasileiro deve seguir atento ao cenário externo e aos desdobramentos das grandes companhias listadas na bolsa.

Brasil

Ibovespa renovou recordes em maio e alcançou pela primeira vez os 140 mil pontos, com máxima intradiária de 140.203,04. O índice fechou a segunda-feira (19) em alta de 0,32%, aos 139.636,41 pontos, superando o patamar anterior de 139.334,38 registrado no dia 15 de maio. O desempenho reflete o otimismo dos investidores com os dados econômicos domésticos, mesmo diante de incertezas no cenário global.

A queda do dólar comercial, de 0,25% — a segunda consecutiva, para R$ 5,655 — e a reversão da alta nos DIs, que encerraram o dia em baixa ao longo de toda a curva, reforçaram o clima positivo. A valorização do mercado local ocorre em meio a expectativas de desaceleração do ciclo de cortes na Selic, mas com manutenção de juros ainda elevados.

Na contramão, os mercados internacionais operaram de forma instável. Wall Street teve um dia morno após a agência Moody’s rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos de “Aaa” para “Aa1”, citando o aumento dos déficits fiscais e dos juros como riscos estruturais. A notícia gerou cautela nos mercados, limitando os ganhos no exterior.

Europa

As bolsas europeias se movimentam no campo positivo, após uma sessão de negociação tranquila para os mercados de ações na segunda-feira. Das notícias da região, a Vodafone registrou prejuízo de 411 milhões de euros em 2025 e alerta que “incertezas” comerciais podem afetar lucros.

STOXX 600: +0,39%
DAX (Alemanha): +0,14%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%
CAC 40 (França): +0,20%
FTSE MIB (Itália): +0,37%

Estados Unidos

Os índices futuros começam o dia no campo negativo, com os agentes analisando os impactos da guerra tarifária deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Nesta terça, a Home Depot divulga seus resultados, após o Walmart sinalizar preocupações com os preços como consequência da guerra tarifária.

Hoje também estão previstas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).

Dow Jones Futuro: -0,13%
S&P 500 Futuro: -0,31%
Nasdaq Futuro: -0,42%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionadas por cortes nas taxas de juros na China e na Austrália. O Banco Popular da China reduziu as taxas de empréstimo de 1 e 5 anos em 10 pontos-base, buscando estimular a economia diante de tensões comerciais.

Na Austrália, o banco central cortou a taxa básica para 3,85%, refletindo o recuo da inflação e abrindo espaço para maior flexibilização monetária.

Shanghai SE (China), +0,38%
Nikkei (Japão): +0,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,49%
Kospi (Coreia do Sul): -0,06%
ASX 200 (Austrália): +0,58%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem devido a um possível colapso nas negociações entre os EUA e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã e às perspectivas enfraquecidas de mais suprimentos de petróleo iraniano entrando no mercado global.

Petróleo WTI, +0,77%, a US$ 63,17 o barril
Petróleo Brent, -0,02%, a US$ 65,48 o barril

Agenda

Na zona do euro, serão divulgados os dados da Confiança do Consumidor de maio.

Por aqui, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta segunda-feira (19) as novas medidas fiscais para segurar os gastos e elevar a arrecadação. Haddad terá uma série de reuniões nesta semana para afinar as medidas, que podem ser apresentadas na próxima quinta-feira (22).

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg





Fonte: ICL Notícias

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