Ibovespa fecha acima dos 139 mil pontos pela 1ª vez

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O Ibovespa fechou esta quinta-feira (15) com alta de 0,66%, aos 139.334 pontos — o maior nível da história do índice. O avanço, no entanto, não reflete um otimismo generalizado: foi impulsionado principalmente por resultados corporativos pontuais e pela força de papéis de peso na carteira do índice, como Vale (VALE3), que subiu 1%.

A valorização do IBOV contrasta com o desempenho do câmbio: o dólar comercial subiu 0,83%, a R$ 5,679, em meio a um cenário externo ainda incerto.

Apesar disso, o real segue como uma das moedas com melhor desempenho ante o dólar em 2025, o que mostra uma resiliência relativa do Brasil em meio às turbulências globais. Os juros futuros (DIs) recuaram, indicando algum alívio nas expectativas de inflação e política monetária.

O movimento do dia foi ditado, mais uma vez, pela temporada de balanços. Eletrobras (ELET3) decepcionou o mercado com números operacionais fracos, caindo 3,22%. Já Banco do Brasil (BBAS3), que divulga resultado após o fechamento do mercado, recuou 1,21% sob expectativa de performance morna. Em contrapartida, Bradesco e Itaú, já com números divulgados, avançaram com segurança.

A Petrobras (PETR4) caiu levemente (0,13%) acompanhando a baixa do petróleo no mercado internacional, o que limitou parte do fôlego do índice.

Lá fora, o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, adicionou complexidade ao cenário: ele reconheceu a possibilidade de um ciclo mais longo de choques de oferta e sugeriu que a estratégia monetária precisa ser revista. O tom dividiu os mercados norte-americanos, que fecharam mistos.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, na passagem de fevereiro para março, as vendas no varejo no país cresceram 0,8% e atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, superando o nível recorde anterior, alcançado em fevereiro de 2025. É terceira taxa positiva seguida, levando o índice de média móvel trimestral a 0,6%, após avanço de 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro.

Mercado externo

Além do discurso do presidente do Fed, as bolsas de Nova York repercutiram indicadores econômicos com sinais contraditórios: a deflação inesperada nos preços ao produtor pode ajudar no discurso pró-corte de juros, mas o avanço das vendas no varejo reforça a tese de uma economia ainda aquecida.

O S&P 500 subiu pela quarta sessão consecutiva, somando-se à alta da semana após os EUA e a China concordarem em reduzir temporariamente as tarifas. Os rendimentos dos títulos do Tesouro também caíram, impulsionando as ações.

O Dow Jones subiu 0,65%, aos 42.322,75 pontos; o S&P 500, +0,41%, aos 5.916,93 pontos; e o Nasdaq caiu 0,18%, aos 19.112,32 pontos.





Fonte: ICL Notícias

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