Ibovespa emenda 7º pregão com alta; dólar recua 0,31%

Pelo sétimo dia consecutivo, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, fechou com alta. Nesta terça-feira (29), o IBOV encerrou próximo da estabilidade, com +0,06%, aos 135.092,99 pontos.

O dólar comercial, por sua vez, perdeu 0,31%, cotado a R$ 5,631. Na mínima do dia, chegou a bater nos R$ 5,620. Os juros futuros (DIs) terminaram o dia mistos.

Embora a Vale tenha encerrado o dia com baixa de 0,37%, a Petrobras compensou com alta de 0,53%, mesmo com baixa forte do petróleo internacional. Os grandes bancos também subiram, com Itaú Unibanco avançando 0,80% e o Bradesco, +1,12%.

No cenário externo e também aqui, o assunto do dia foram os cem dias do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que amarga baixa popularidade depois de toda a confusão gerada com a guerra comercial deflagrada por ele e sua política anti-imigração.

Por aqui, o destaque do dia foram as contas do governo central, que encerraram o mês de março com um superávit primário de R$ 1,1 bilhão. Esse resultado marca uma significativa melhora em relação ao mesmo período de 2024, quando houve um déficit de R$ 1,08 bilhão (corrigido pela inflação).

O superávit primário acontece quando a arrecadação do governo — composta principalmente por tributos e impostos — supera as despesas. É importante lembrar que esse cálculo não leva em conta os pagamentos de juros da dívida pública.

Em segundo plano, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) acelerou 0,24% em abril, apresentando expressivo avanço em relação a março, quando havia registrado queda de 0,34%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,23% no ano e 8,50% nos últimos 12 meses. O indicador foi puxado por produtos agropecuários.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street fecharam com avanço hoje, com um olho nas falas de Donald Trump sobre os cem dias de governo e repercutindo balanços corporativos. A GM lucrou mais que o esperado, mas cancelou guidance devido às incertezas geradas pelo tarifaço de Trump. A Coca-Cola superou o lucro, mas a receita decepcionou e a empresa cortou projeções para 2025.

O Dow Jones subiu 0,73%, aos 40.522,67 pontos; o S&P 500, +0,58%, aos 5.560,74 pontos; e o Nasdaq, +0,55%, aos 17.461,32 pontos.