FONTE – FLAAGORA
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Resta um mês para a eleição do Flamengo. No dia 8 de dezembro, os associados vão às urnas com o objetivo de escolher o presidente do Rubro-negro no triênio 2019-2020-2021. Só que o clube está longe de viver um período pré-eleitoral tranquilo. Muito pelo contrário: um autêntico turbilhão político se instalou nos bastidores, e a Gávea está dividida.
É, de longe, o pleito com mais “troca de farpas” e rivalidade dos últimos anos. As redes sociais são utilizadas diariamente nas campanhas contra e a favor dos dois principais candidatos: Ricardo Lomba, situação e postulante de Eduardo Bandeira de Mello, e Rodolfo Landim, oposição. Os grupos, que outrora andavam juntos, hoje não estão alinhados em praticamente nada.
O problema tem origem ainda no primeiro mandato de Bandeira, quando o presidente rompeu com os principais nomes da Chapa Azul original e a debandada foi iniciada na administração. No segundo mandato, o dirigente se isolou ainda mais nas decisões e causou saídas importantes, além de resistência enorme nos poderes do clube pela forma como conduziu questões internas. O capítulo final foi a tentativa frustrada de entrar na política do Rio de Janeiro.
A resistência ao atual presidente fez crescer a rivalidade da oposição com o grupo SóFla (Sócios Pelo Flamengo). A disputa já teve muitos capítulos, mas os principais fatos que geraram discussões públicas foram as ações no clube e na Justiça pela não utilização da cor azul no pleito, além das restrições na candidatura de Ricardo Lomba. As trocas de acusações são diárias.
O que mais preocupa figuras influentes na política do clube é a governabilidade do próximo presidente. O discurso de pacificação do Flamengo é utilizado por todos e tratado como tema mais importante no momento. O que se vê, no entanto, é uma rixa longe do fim. Ao que parece, o vencedor – seja quem for – enfrentará oposição consistente nos conselhos Deliberativo e de Administração, além das redes sociais, território predileto dos partidários que desejam “fazer barulho”.
O mês decisivo será repleto de compromissos de campanha e de Gávea lotada aos fins de semana. Todos com a expectativa de atrair votos e, principalmente, conquistar a simpatia do associado que não costuma comparecer ao clube no dia da eleição.
O trabalho dos grupos políticos é árduo nos bastidores. Eles defendem o futuro do Flamengo, mas diante de tantas acusações é praticamente impossível desvincular as broncas pessoais do processo. O certo é que o Rubro-negro terá novo presidente em um mês, e buscar tranquilidade para governar será o principal desafio inicial.
As chapas concorrentes e homologadas pelo Conselho de Administração são: Ricardo Lomba (Chapa Rosa – Avança Mais, Flamengo), Rodolfo Landim (Chapa Roxa – Unidos pelo Flamengo), Marcelo Vargas (Chapa Branca – Fla Tradição e Juventude) e José Carlos Peruano (Chapa Amarela – Coração Valente).
Além da presidência, a chapa vencedora terá 48 cadeiras no Conselho de Administração (24 suplentes) e 120 no Conselho Deliberativo (40 suplentes). A segunda colocada receberá 12 vagas no CoAd (seis suplentes) e 30 no CoDe (dez suplentes).
Uol