1° Parada Livre cria novos horizontes a comunidade LGBTQA+
Na ultima sexta feira de outubro(25), a Praça da Saudade no centro da capital Amazonense, foi palco da passeata que levou à comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais, Queer e Intersex (LGBTQIA+), os motivos para a concientização e soma de forças entre os movimentos sociais. A fomentação permanente das defesas desse grupo social necessitam ser duradouras e não apenas sazonais, em um dia de manifestação. É uma nova narrativa no cenário social quanto à comunidade reprimida por uma sociedade extremamente conservadora.
q’Com o tema “Diversidade, União e Democracia”, a 1° Parada Livre LGBT chama para a reflexão política e demarcação de território, direitos igualitários e igualitários como declara a Professora e membro fiscal do manifesta LGBT Patrícia Melo. “A parada faz com que estejamos na rua, no sol, demonstrando que a cidade também é nossa e que a sociedade precisa nos reconhecer como parte dela”. Melo também ressalta que, “aqui também é um lugar de encontro de enxergar que nós não estamos sozinhos, por quê luta política é luta coletiva.”
Gabriel Mota membro da comissão organizadora explica que precisamos de mais eventos com notoriedade LGBT em Manaus, “o movimento LGBT é um evento cívico e político de varios movimentos sociais, unificando-os para politizar e educar não só os membros da comunidade, mas quem está na rua assistindo”, destacou Mota.
Muitas atrações alegraram o público na noite da festividade. Os momentos de diversão, planejados e executados com muita responsabilidade, foram aproveitados para fazer a educação lúdica dos participantes e de quem apreciou o ato.
O Fórum de Aids esteve presente com orientações sobre a prevenção do vírus, os exames rotineiros e o tratamento. Evalcilene Santos, Presidente do Fórum de ONGs AIDS, conta que “todas as pessoas podem e merecem se divertir, mas com responsabilidaede. O uso dos preservativos e outros apetrechos de prevenção às DSTs são obrigatórios, mas há um preconceito grande que relaciona o HIV com os LGBTs, isso não tem nada a ver, pois qualquer pessoa que transa sem proteção está vulnerável ao vírus.”
O evento contou com o apoio do Governo Estadual e Municipal. A titular da Secretaria de Estado e Justiça (Sejusc), Caroline Braz, esteve presente em todo o processo de organização e ofereceu a comunidade os serviços como registros de nome social e conversas sobre uso de drogas e entre outras. “Hoje o estado do Amazonas está efetivando o Conselho Estadual de Combate a Discriminação a LGBT (CECOD/LGBT), estamos dando voz a comunidade, criando a oportunidade aos LGBT’s se manifestar coincidentemente com o poder público.” Ressaltou.
Braz destacou ainda que a comunidade pode contar com o Governo do Estado e comemorou a criação da delegacia para denúncias de LGBTfobias na Delegacia Geral.
Os participantes mostraram-se animados com o evento. Lucas Lima, conta que se surpreendeu positivamente pela receptividade de quem presenciou a manifestação. “Foi a primeira parada livre, descaracterizando o que já era defendido antes, somente os gays. Nesse formato a visibilidade é para toda comunidade LGBTQAI+”. Comentou Lima.
Uma das organizadoras do evento, Pepê Vlogay, disse ao portal O Arauto da Diversidade que está muito confiante para as próximas edições. “A intenção é sempre fazer mais e melhor, mas até o presente momento todas as situação inesperada estão sendo resolvidas dentro dos conformes, e quando as pessoas não morrerem e forem respeitadas por serem quem são, comemoraremos uma vitória. Estamos só no começo, ainda temos muitas batalhas a serem vencidas e que dependem da nossa união”, destacou a youtuber.