“O mês de conscientização sobre o suicídio está chegando ao fim, no entanto, a vigilância, o diálogo e as iniciativas que auxiliem nos momentos de angústia e sofrimento, que podem levar ao suicídio, precisam ser mantidas. Temos compromisso com a vida”, declarou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (UB), ao falar sobre o encerramento da programação do “Setembro Amarelo”.
O parlamentar é autor do Projeto de Lei (PL) nº 350/2021, que autoriza o Poder Executivo a instituir um programa educativo de sensibilização para prevenção e combate ao uso de mídias sociais e jogos eletrônicos e virtuais que induzam crianças e adolescentes à violência, à automutilação e ao suicídio.
O programa deve ser desenvolvido nas unidades da rede de ensino do Estado do Amazonas, públicas e particulares, com a participação da comunidade escolar e dos pais e/ou responsáveis por meio de seminários, palestras, oficinas, vídeos e rodas de conversas, bem como por meio de assistência psicológica e social.
“As crianças e os adolescentes estão cada vez mais inseridos no mundo virtual e é daí pra mais. No entanto, precisamos ficar atentos que, se por um lado esse ‘novo mundo’ proporciona muita coisa boa, ele também pode causar muitos danos. Nosso PL quer ser uma ferramenta a mais no combate a comportamentos que possam levar a criança e o adolescente à violência, à automutilação e ao suicídio. É preciso que seja feita a sensibilização para que as práticas nocivas sejam prevenidas. Nossas crianças e adolescentes precisam desse cuidado e proteção”, falou.
Roberto Cidade é autor da Lei nº 6007/22, que institui a Semana Estadual de Conscientização sobre a Depressão Infanto-Juvenil. A iniciativa prevê o fortalecimento da rede de serviços para as crianças e adolescentes, além de garantir o acompanhamento psicológico adequado aos jovens. E ainda da Lei nº 4.876/2019, que criou a política de diagnóstico e tratamento de depressão na rede pública de saúde, no auxílio à identificação precoce de comportamento que pode ocasionar danos mais severos, principalmente em adolescentes.
“Precisamos difundir a informação, garantir o acesso ao diagnóstico e ao tratamento de doenças emocionais. É preciso desmistificar que depressão é ‘mi, mi, mi’ ou falta de Deus. Depressão é uma doença e, como toda doença, precisa ser tratada. Precisamos nos manter alerta para evitar que se chegue a esse desfecho, do suicídio. Precisamos nos manter vigilantes e evitar que esse mal cause danos à vida, às famílias”, afirmou.
Iniciativas do Legislativo
Durante todo o mês de setembro, a Aleam realizou atividades de prevenção ao suicídio por meio da campanha “Setembro Amarelo”, com o lançamento da iluminação temática do prédio da Casa, na cor amarela, e uma série de palestras promovidas pela Escola do Legislativo Senador José Lindoso, por meio do programa “Educando pela Cultura”.
As atividades foram coordenadas pelas diretorias de Saúde e de Serviço Social, junto com a Frente Parlamentar de Prevenção ao Suicídio e a Cruz Vermelha Brasileira no Amazonas. “Tratamos das várias formas de gatilho que existem na sociedade que levam à ideação suicida, como preconceitos relacionados a questões de gênero, preconceito étnico, dificuldades financeiras, síndrome do ninho vazio e tantas outras que podem servir de ‘start’ para a ideia do suicídio”, disse a pedagoga Jacy Braga.
Foram realizadas palestras no CETI Gilberto Mestrinho, Educandos; CETI Áurea Pinheiro Braga, Compensa III; Instituto de Educação do Amazonas (IEA), Centro; CETI Cid Cabral da Silva, Cidade Nova; CETI Arthur Virgílio Filho, Santa. Etelvina e CETI Cid Cabral da Silva, Cidade Nova.