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Valer expõe obras amazônicas em Congresso de Sociologia no Pará

 

De 11 a 14 de julho de 2023, a Universidade Federal do Pará (UFPA) recebe, em Belém, o 21.º Congresso Brasileiro de Sociologia, e a editora Valer não poderia ficar de fora desse grande evento.

De acordo com a coordenadora editorial doutora em Filosofia, Neiza Teixeira, que estará presente representando a editora, haverá um stand da Valer para o deleite dos que apreciam a boa literatura e temas relacionados às Amazônias.

“Nós temos muito boas relações com o nosso vizinho Pará, inclusive, no nosso catálogo, temos vários autores, que engrandecem as nossas publicações. Por isso, levar até os sociólogos e paraenses que estarão presentes no Congresso os nossos livros e autores é, sem dúvida, muito importante”, ressaltou Neiza.

O Congresso tem periodicidade bienal e constitui hoje a maior reunião científica brasileira na área de Sociologia. Sua programação é estruturada em Conferências, Mesas Redondas, Fóruns, Sessões Especiais, Minicursos, Comitês de Pesquisa, Grupos de Trabalho, Laboratórios de Pesquisa e o espaço “Sociólogos do Futuro”, destinado à apresentação, no formato de pôsteres, de pesquisas de jovens pesquisadores de todo o país.

Ainda segundo Neiza Teixeira, participar de um congresso como esse é de extrema importância:

“Vivemos um momento muito importante, especialmente para nós que habitamos nas Amazônias: luta contra o desmatamento, o garimpo ilegal, a desumanidade a que foram submetidos os Yanomami, a pobreza generalizada nas capitais e nos municípios portanto, um Congresso no qual se pense as desigualdades, os povos originários e a pobreza é um acontecimento importante para levarmos nossos livros e autores, que se dedicam a refletir e questionar esses temas”.

O 21.º Congresso Brasileira de Sociologia vem com uma programação recheada de atividades, que contribuem para a qualificação de estudantes e pesquisadores de todo Brasil.
Uma dessas atividades são os Minicursos oferecidos por professores e pesquisadores/as que são referência nas temáticas propostas. Para saber cada detalhe, acesse o Instagram @congressobrasileirospciologia e se atualize.

Apresentação do Congresso

Sociologias e interconhecimento na perspectiva de que ressoem vozes silenciadas, inviabilizadas e vencidas, tanto do ponto de vista de quem teoriza e elabora quanto de quem sofre a violência das desigualdades sociais. Sem renunciar às tradições teóricas já estabelecidas, queremos que se façam também ouvir as vozes amazônicas, indígenas, negras, de pessoas LGBTQIA+, de mulheres. Queremos que as experiências sociais sejam pensadas a contrapelo, sob o signo da reflexão e das memórias daquelas(es) que foram ou seguem sendo vencidas(os) pelos poderes sociais hegemônicos. Nas discussões, também esperamos que sejam contempladas abordagens teórico-metodológicas plurais, refletindo a miríade de possibilidades que nossa disciplina apresenta para pensar o mundo e engajar-se por ele.
Essa pluralidade é necessária, pois o contemporâneo se apresenta sob o signo de gigantescos desafios, retrocessos, mas também de resistências e potencialidades. Os últimos anos foram marcados pela pandemia que, de um lado, cunharam nossas existências com perdas, lutos, sofrimentos; de outro, com laços de solidariedades e de cuidado. As Sociologias se apresentaram com explicações para a compreensão dessas experiências sob o signo de marcadores de classe, raça, gênero, região, geração, mas também de maneira atravessada por esferas políticas, econômicas, religiosas, afetivas, entre outras.

De todo modo, o contemporâneo também é palco de resistências, de novas formas de organização social, de fazeres coletivos em busca de superar nossas contradições. Além disso, pensar o contemporâneo também implica inquirir os caminhos históricos que nos tornaram o que somos hoje, como sociedade. Como organizar reflexões que possam contribuir com a explicação de fenômenos ainda não tão nitidamente delineados? Como interpretar a reverberação desses fenômenos em processos objetivos e subjetivos em suas interações constantes? Como perscrutar as tendências sociais ainda em formação e encontrar formas de mobilizá-las ou enfrentá-las em função de transformações emancipatórias?

As respostas a tais questões trazem o imperativo de pensar de maneira plural. O verbo pensar no nosso tema de Congresso não tem as pretensões ultraconfiantes e paradoxais de uma razão inconsciente de seus limites e de viés colonizador. Trata-se, antes, da tarefa de colocar as Sociologias em modo autovigilante, capaz de diagnosticar as fissuras presentes no tecido social e manter-se alerta em relação aos perigos e potencialidades de nossas práticas sociais.

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