Essa é a história de um jovem, no fim da adolescência, que morava sozinho com seu pai após a morte da mães.
Apesar do conforto e de todas as suas necessidades serem diariamente atendidas pelo pai, o filho não gostava de viver na casa do pai. Se irritava todos os dias porque era chamado atenção todos os dias.
′′ Esse ventilador tá ligado porquê ? Se não vai usá-lo, desligue! ′′
′′ Você deixou a Televisão da sala ligada. Vá lá desligar!”
′′Não deixa a porta aberta sem motivo. Feche a porta′′
′′Não gaste tanta água. Use com consciência′′
“Essas roupas jogadas ? Vá juntar e coloque no cesto”
“Os pratos do almoço estão sujos. Você sujou, então vá lavar e guardar”
“Volte ao seu quarto e dobre a roupa de cama. Levantou, arrume a sua cama”.
O filho, criado como um príncipe, não gostava que o pai o incomodasse com essas coisas, que pra ele eram pequenas.
Um dia o jovem recebeu um convite para uma entrevista de emprego e pensou.
”Assim que me empregar vou alugar uma casa e morar sozinho. Se possivel vou sair desta cidade. Não vou mais ouvir tanta reclamação do meu pai.”
A caminho da entrevista o pai o aconselhou a responder todas as perguntas com convicção, a não demonstrar nervosismo, a pensar nas palavras antes de falar, a ser sincero e confiante caso não soubesse alguma resposta entre outras orientações. Até com essas orientações o filho ficou irritado.
Ao descer do carro do pai, no local da entrevista, percebeu que não havia seguranças no portão, aberto. Embora a porta destrancada e entre aberta, hesitou em entrar sem pedir autorização, mas caminhou devagar rumo à recepção.
Fechou o portão e caminhou em direção à porta do escritório.
Percebeu que havia um lindo jardim ali, mas que a calçada estava molhada porque a torneira estava ligada.
Ele levantou a mangueira, e direcionou a agua para outras plantas que precisavam da rega.
Caminhou para a recepção. O tapete da entrada estava de cabeça pra baixo, e a mensagem SEJA BEM VINDO estava torta. Arrumou o tapete, sujou as mãos, mas seguiu adiante.
Não havia ninguém ali na recepção e a porta aberta deixava sair o Ar Condicionado. Ele então fechou a porta corretamente. Olhou uma placa e subiu ao primeiro andar, para a a entrevista.
Subiu as escadas desconfiadamente e percebeu as luzes ainda acesas àquela hora da manhã. Alguém deve ter esquecido, pensou ele. Foi lá e desligou o interruptor.
No primeiro andar, onde seria a entrevista, um grande salão, onde viu mais pessoas sentadas esperando por sua vez. Ele seria o ultimo. “Será que eu terei chance diante de tantas pessoas mais velhas ?”, pensou.
Foi ao banheiro lavar as mãos e encontrou diversos guardanapos de papel utilizados em cima da pia. recolheu tudo e jogou no lixo.
Ao sentir sede dirigiu-se ao bebedouro. Diversos copos estavam espalhados. Ele recolheu um a um e colocou no lixo.
Ele viu que nas fileiras na frente havia muitas pessoas amontoadas esperando, enquanto as filas de trás estavam vazias e vários ventiladores estavam direcionados para esses bancos vazios. Desligou aqueles que não estavam atendendo a nenhuma pessoa.
Desligou os ventiladores que não eram necessários e sentou em uma das cadeiras vazias.
Viu muitos candidatos ao emprego entrarem na sala de entrevista. Eles saiam muito rapidamente.
Já no fim da manhã, quando chegou a sua vez, ele entrou e se viu diante dos entrevistadores, um casal , os donos da empresa.
O homem perguntou se o envelope era com os documentos, ele responde que sim…
A mulher levantou-se e pegou os documentos e perguntou:
– Quando você pode começar a trabalhar conosco?
Ele lembrou das palavras do pai no carro: “Pense bem antes de qualquer palavra”.
Mas antes de dizer qualquer coisa, nem mesmo um sim ou não, o homem falou :
– Em nossa empresa não fazemos perguntas a ninguém. Acreditamos que palavras não nos permitem avaliar corretamente nenhum candidato. Nossa seleção é feita em cima das atitudes de nossos candidato.
Os testes foram aplicados e observamos pela câmeras, todos que chegaram, desde o portão até aqui .
Nenhum , entre os 40 candidatos teve atitude pra fechar o portão, regar as plantas, arrumar corretamente o tapete, trancar a porta, desligar as luzes, desligar os ventiladores, juntar os copos descartáveis e os lenços de papel utilizados…
Você foi o único, por isso é o escolhido.
Em euforia por ter conseguido seu primeiro emprego, seus pensamentos se voltaram para sua saudosa mãe e seu pai, que durante todos esses anos, lhe ensinou lições importantes no dia a dia.
A disciplina que o incomodava era justamente a responsável por sua contratação.
É nesse momento que os jovens, após muita relutâncias, admitem a importância de um PAI CHATO por perto.
Sem disciplina não há evolução.
Sem respeito nenhum amor sobrevive.
Sem planejamento, não há tranquilidade.
Sem humildade, não há aprendizado.
Sem resiliência não há superação.
Sem família, não há felicidade.
Tudo o que os nossos pais dizem é para o bem dos filhos. Absolutamente tudo !
Pais muito flexíveis, choram !
Pais exigentes, colhem !
O pai é o professor até os 10 anos;
Um ′′vilão ′′até os 20 anos;
Um guia a vida inteira.
Não adianta machucar os pais/mães em vida para lamentar quando eles forem embora.
Responder é permitido, com respeito.
Discordar é permitido, com respeito.
Virar o jogo é permitido, com respeito.
Tratar bem o próprio PAI/MÃE, é reconhecer os ensinamentos de Deus, que aponta essa necessidade nos 10 mandamentos.
Pense nisso !