ucro do BNDES sobe 7,3% no 1º tri

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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fechou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 5,6 bilhões, o que representa uma alta de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado na quinta-feira (15), foi impulsionado principalmente pelo recebimento de dividendos de empresas como Petrobras, Eletrobras e JBS, além da reversão de R$ 1,5 bilhão em provisões para perdas de crédito.

Desconsiderando esses efeitos extraordinários, o lucro recorrente do banco subiu apenas 0,9%, para R$ 2,7 bilhões.

No período, os desembolsos somaram R$ 25,5 bilhões, alta nominal de 8% — ou 3% em termos reais —, enquanto as aprovações de novos financiamentos chegaram a R$ 33,3 bilhões, um avanço de 35% em valores nominais (28,8% reais).

A expansão da carteira de crédito do BNDES, que atingiu R$ 594 bilhões, reflete o foco do banco em manter níveis elevados de investimentos, com destaque para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio de 2024, que respondeu por 16,3% dos desembolsos no trimestre. Segundo o banco, 59,3% desses recursos foram liberados com taxas de mercado.

Mercadante ressalta papel do BNDES no governo Lula

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou o papel da instituição na retomada econômica: “O banco continua como uma das instituições públicas que mais têm contribuído com o governo Lula para o Brasil dar a volta por cima”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

Mercadante destacou que o crescimento veio apesar de “uma taxa de juros bastante difícil e um cenário geopolítico desafiador”. “O banco continua apresentando resultados importantes”, frisou.

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 14,75% ao ano, e o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sinalizou na ata da última reunião, realizado neste mês, que o ciclo altista dos juros pode estar próximo do fim.

Juros abaixo das taxas de mercado e aportes diretos do Tesouro — que somaram R$ 441 bilhões entre 2009 e 2014 — levaram, nos governos anteriores do PT, o peso do BNDES na economia ao maior nível da história.

Subsídios

O diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, reafirmou que a maior parte das operações do banco continua sendo realizada a taxas de mercado, minimizando o impacto sobre a política monetária do Banco Central. No primeiro trimestre, 75,4% das aprovações e 59,3% dos desembolsos ocorreram com juros de mercado.

Barbosa destacou que parte significativa dos recursos liberados se refere a financiamentos emergenciais voltados à reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido por enchentes entre abril e maio. Esses empréstimos, que representaram 16,3% dos desembolsos do trimestre, foram realizados com taxas subsidiadas por meio do Fundo Social, financiado pela exploração do pré-sal.

Ações da JBS

Durante a divulgação dos resultados, executivos do banco também sinalizaram que a instituição estuda vender sua participação de 20,81% na JBS, multinacional brasileira do setor de alimentos, avaliada em cerca de R$ 19 bilhões.

O movimento dependerá, no entanto, do preço de mercado, segundo o diretor financeiro Alexandre Abreu, e segue a lógica de desinvestimento do banco em empresas consideradas maduras.

No entanto, o BNDES reafirmou que pretende manter ações em companhias estratégicas, como Petrobras e Eletrobras.

 

 





Fonte: ICL Notícias

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