Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta (19) mostra que caiu a avaliação do mercado financeiro sobre a gestão de Fernando Haddad no ministério da Fazenda. A avaliação negativa do ministro foi de 24% em dezembro para 58% em março, enquanto a aprovação caiu de 41% para apenas 10%.
Vale destacar que 92% dos entrevistados responsabilizam diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela direção da política econômica, enquanto apenas 5% atribuem essa responsabilidade a Haddad.
Além disso, a pesquisa aponta que 85% dos agentes do mercado financeiro acreditam que a influência de Haddad dentro do governo Lula diminuiu nos últimos meses, em comparação com 61% que tinham essa percepção em dezembro.
A pesquisa também mostra que 88% dos agentes do mercado financeiro seguem avaliando negativamente o governo do presidente Lula. Apesar disso, houve uma leve melhora em relação ao último levantamento, quando 90% desaprovavam a gestão petista.
Os principais fatores apontados pelos agentes do mercado para a queda na popularidade de Lula são: alta nos preços dos alimentos (64%), erros na política econômica (56%) e aumento de impostos (41%).
Genial/Quaest mostra aprovação de Galípolo à frente do Bando Central
Por outro lado, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem um desempenho bem mais positivo, com 45% de aprovação e apenas 8% de reprovação.
Sobre as decisões tomadas até agora pelo novo presidente do BC, 38% dos entrevistados disseram que são “técnicas”, enquanto 5% as consideram “políticas”. Já 57% afirmaram que é “muito cedo para avaliar”.
Os agentes do mercado mostraram-se pessimistas sobre os rumos da economia brasileira. Segundo a pesquisa:
- 93% acreditam que a economia do país está na direção errada;
- 83% esperam que a situação econômica piore nos próximos 12 meses;
- 58% consideram que o Brasil corre risco de entrar em recessão em 2025;
- 82% acreditam que a inflação será maior do que em 2024.
Além disso, a maioria dos entrevistados (87%) espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente a taxa Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião.
O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 17 de março com 106 fundos de investimentos localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. Os entrevistados incluem gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: ICL Notícias