A Câmara Municipal de Manaus (CMM) deve anunciar na tarde desta quinta-feira (9) um pedido de impeachment do prefeito David Almeida (Avante).
A medida é motivada pelo bloqueio do Sistema de Administração Financeira Integrada Municipal (AFIM), feito pela prefeitura de Manaus e que tem impedido a Casa Legislativa de movimentar seus recursos legais.
O entendimento é que o Prefeito de Manaus esteja bloqueando o AFIM em represália às cobranças que grande parte dos vereadores de Manaus tem feito no plenário da casa, culminando nesta quarta-feira (08.11) com uma reprovação ao pedido de autorização para empréstimo com urgência, feito por David Almeida aos legisladores municipais.
O projeto de lei nº 603/2023, que permitiria à Prefeitura de Manaus contratar um empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil foi reprovado em votação aberta, demonstrando que a maioria dos Vereadores não concorda com os direcionamentos dados por David Almeida enquanto chefe do Executivo.
Segundo o texto, os recursos seriam destinados a investimentos em infraestrutura urbana e tecnológica da cidade, mas os argumentos foram rejeitados. De acordo com os Vereadores, no inicio do mandato David Almeida prometeu publicamente asfaltar 10 mil ruas, mas faltando pouco para o fim do 3º ano do mandato, apenas duas mil ruas foram contempladas. Outra crítica é quanto aos empréstimos já feitos nos dois primeiros anos e que até hoje não foram feitas as prestações de contas, ou seja, não se sabe com o que foram gastos.
Pelo visto, a postura fiscalizadora da CMM tem incomodado o Prefeito, que acusou os varios golpes.
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Nesta quinta-feira, a Diretoria de Comunicação da Câmara convocou entrevista coletiva e anunciou que o presidente, vereador Caio André (Podemos), mais os membros da Mesa Diretora da 18ª Legislatura, Procuradoria e Diretoria Financeira da Casa, falarão sobre o bloqueio do Sistema, que tem impedido a CMM de movimentar seus recursos legais.
Endividamento
A arrecadação de Manaus até outubro de 2023 está em linha com a meta, mas os gastos estão acima. Em março deste ano, a prefeitura já havia solicitado à Câmara autorização para contratar um empréstimo de R$ 600 milhões, cujo valores seriam destinados a investimentos em infraestrutura e saneamento. Foi o terceiro empréstimo feito pela prefeitura na atual gestão, que já endividou o município em R$ 1,17 bilhão.