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Pesquisa orientará ações da Secretaria de Cultura

Pesquisa de perfil de público vai orientar ações da Secretaria de Estado de Cultura

Primeira parte da pesquisa foi realizada em novembro e dezembro e revelou dados sobre o público e consumo de cultura em Manaus

Com o intuito de orientar os investimentos e políticas públicas de consumo cultural, a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) realizou uma pesquisa de perfil de público nos espaços culturais de Manaus. Realizada no fim do ano passado, durante as primeiras ações do “Programa Espaço Aberto”, a pesquisa aplicou 186 questionários em teatros e centros culturais para coletar indicadores culturais que serão aplicados na gestão da pasta.

A pesquisa surgiu com o intuito de entender e identificar os diversos públicos que consomem cultura no Estado para balizar as ações da secretaria. Realizada por 45 dias, entre novembro e dezembro, a pesquisa do tipo “survey” foi tese de mestrado de Taciano Soares, que é secretário executivo da SEC. Os espaços que tiveram os questionários aplicados foram os centros culturais Palácio Rio Negro, Palácio da Justiça, Usina Chaminé, Palacete Provincial e os teatros Gebes Medeiros e da Instalação.

“A pesquisa prevê identificar traços sociais e econômicos de quem frequenta os espaços da secretaria”, explica. “O principal objetivo é termos indicadores culturais que balizem nossas ações de atendimento e políticas públicas de consumo cultural. Estes dados vão sustentar o porquê de nossas ações no futuro e desta forma podemos combater o empirismo na gestão pública de cultura”.

Entre os dados destacados por Taciano Soares, estão a idade, formação do público, transporte que usam, se acreditam que espetáculos deveriam ser pagos e até quanto investiriam em um produto cultural.

“O público que frequenta esses espaços é jovem e tem entre 20 e 39 anos (56% do total), com ensino superior incompleto (47%). Os estudantes, em sua maioria, são de escolas públicas e chegam aos eventos usando o transporte público. Muitos, ou seja 66% dos que responderam aos questionários, acessam à internet diariamente, 50% deles acreditam que os espetáculos deveriam ser pagos, às vezes, e 43% já pagaram até R$ 50 ou mais em algum produto cultural. Então, isso nos dá base para pensarmos em eventos que atendam melhor esse público e em como podemos divulgá-los com mais eficiência ”, afirma.

Os dados mostram, ainda, que públicos de todas as zonas da cidade frequentam os eventos culturais, com uma margem maior para a zona norte, com 30% do percentual. “As demais zonas ficam bem divididas na pesquisa e mostram que este público tem mobilidade e acesso para ir aos espaços culturais e 59% consideram boas ou ótimas as condições de acesso a estes

espações”, diz Taciano.

Um dos itens que também se destacam na pesquisa é se o público visitante já havia praticado alguma atividade artística anteriormente. Do total, 78% dos visitantes praticou atividades entre cinema, teatro, música pintura, dança ou outras.

“Isso nos mostra que precisamos, cada vez mais, de atividades artísticas na formação, pois, assim, se criam cidadãos mais sensíveis a consumir cultura posteriormente. É um dado que nos incentiva a criar ações educativas que podem ser realizadas em parcerias com as secretarias de educação”, ressalta o secretário executivo.

 

Taciano também ressalta o percentual de apenas 5% que declarou não ter ido a alguma atividade cultural durante 2017. “Queremos que este percentual aumente e que mais pessoas visitem os espaços culturais pela primeira vez. Portanto, precisamos pensar em como alcançar ainda mais esse público para que venham aos espaços e tenham a experiência de consumir algum produto cultural”.

Segunda etapa – Ainda de acordo com Taciano Soares, uma segunda pesquisa será realizada no final do ano, já com intuito de incluir outros municípios com equipamentos culturais da SEC, como Parintins.

“O objetivo será de avaliar os dados após um ano e também de incluir mais localidades. Com os dados, encontramos público das classes A, B, C e D, com chefes de família com doutorado, até chefes de família com ensino médio, muitas vezes sentados na mesma fila para ver o espetáculo. Identificar esses públicos no Estado é importante para que a Secretaria seja cada vez mais plural em suas políticas”, disse.

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