O pontífice redigiu o documento de seu quarto no hospital Gemelli, em Roma, onde está internado há mais de um mês para tratar uma pneumonia dupla. Na mensagem, o papa destaca a irracionalidade da guerra, especialmente em momentos de fragilidade humana. “A guerra parece ainda mais absurda (…) nos momentos de doença”, afirmou.
Ele ressaltou que a vulnerabilidade pode trazer clareza sobre o que realmente importa na vida: “A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos diante do que dura e do que passa, do que faz viver e do que faz morrer”; e criticou o impacto destrutivo das armas, que “devastam comunidades e o meio ambiente sem oferecer solução para os conflitos”.

Papa celebrando missa em hospital após um mês internado. (Foto: Sala Stampa della Santa Sede)
Francisco também fez um apelo aos jornalistas, pedindo responsabilidade no uso das palavras. “Nunca são apenas palavras: são fatos que estruturam os ambientes humanos. Podem unir ou dividir, servir à verdade ou abusar dela”, alertou. Além disso, destacou o papel das religiões na promoção da paz, incentivando um compromisso com a fraternidade e a justiça.
O papa defendeu ainda a necessidade de “desarmar as palavras, para desarmar as mentes e desarmar a Terra”, ressaltando a importância da reflexão e do equilíbrio diante das complexidades do mundo.
Após um período crítico e episódios de crise respiratória, o estado de saúde do pontífice apresentou melhora nos últimos dias, permanecendo estável, segundo o Vaticano. No entanto, ele seguirá hospitalizado por tempo indeterminado.
No fim de semana, pela primeira vez, o Vaticano divulgou uma imagem do papa no hospital, onde ele aparece rezando em uma capela. Em um boletim posterior, informou que sua mão está inchada devido à mobilidade reduzida.
Fonte: ICL Notícias