Acredito que a grande maioria da nossa população responderia NÃO, e não é difícil entender o porquê.
Ao longo dos últimos 30 anos, vimos um crescimento econômico muito pequeno, ao passo que o gasto público cresceu, em média, 6% ao ano, sem que sentíssemos alguma melhora na qualidade dos serviços públicos e principalmente na qualidade de vida do nosso povo. Em muitos casos houve até piora desses serviços.
Será que o Poder público ainda deve continuar atuando em setores onde não tem condições de atender o seu povo de forma eficiente? (Transporte público, feiras, mercados, trânsito) Ou já é hora de concentrar esforços em atividades prioritárias (saúde, educação, segurança) e criar um ambiente competitivo para que empresas privadas façam serviços com qualidade, eficiência e preços justos para a população?
Além do exemplo de países desenvolvidos, temos outros exemplos ao longo desses anos onde vimos a competitividade, a qualidade e a eficiência só aumentarem com a saída do estado de determinadas atividades econômicas (telefonia celular, por exemplo). Exemplos de que a criação de um ambiente favorável ao setor privado, aliado a regulação e fiscalização justa trouxeram melhorias na economia, gerando empregos, oportunidades profissionais e eficiência em setores que antes sofriam com os entraves estatais.
Além de todos os pontos que citamos, os benefícios para o estado seriam consideráveis, pois reduziria o custo do poder público, sujeito à desvios e corrupção, e incrementaria sua arrecadação utilizando esses recursos de forma correta e justa em serviços como saúde, educação, segurança, transportes, esportes de base e profissional, beneficiando ainda mais seus cidadãos.
Portanto, é urgente pensarmos em uma Prefeitura mais eficiente e pronta a atender às maiores necessidades do seu povo, do caboclo, do ribeirinho. Pra isso é necessário desatar os nós que travam o desenvolvimento da atividade privada.
Precisamos entender que uma Prefeitura eficiente e pronta a atender de forma plena e honesta o cidadão precisa focar em atividades essenciais, dividindo a responsabilidade do desenvolvimento econômico com o setor privado.
Está na hora de deixar nas mãos de quem tem maior capacidade e conhecimento a responsabilidade de desenvolver o nosso país. Assim se faz uma política de forma justa, honesta e beneficiando quem realmente precisa ser beneficiado, O POVO.
*Por Josué Neto – economista, deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas