O Financial Times publicou nesta semana uma série especial de reportagens que explorou as perspectivas da energia para os próximos anos, em meio às demandas por mais geração por fonte renovável e como governos e empresas estão reagindo a essas cobranças. Um dos destaques foi a pretensão de autoridades e empresas do Reino Unido em aumentar a geração eólica, com o objetivo de transformar o país na “Arábia Saudita da energia eólica”. Já na Austrália, a indústria está se voltando para o desenvolvimento e a produção de baterias elétricas para impulsionar a geração renovável de energia e, ao mesmo tempo, diminuir a dependência histórica do país com o carvão. Nos EUA, que vivem um momento de revitalização da agenda climática, a expectativa do setor de energia está na definição de uma nova política para precificação das emissões de carbono como um caminho para viabilizar as metas climáticas definidas pela gestão de Joe Biden. Outro destaque é o caso de países em desenvolvimento, como o Vietnã, que avançam com projetos de geração eólica e solar como opção para garantir eletricidade limpa para alimentar seu crescimento econômico.
As reportagens também abordaram desafios internos da indústria de energia. Por exemplo, empresas de reciclagem química querem oferecer a possibilidade de reprocessar o plástico como alternativa para diminuir sua produção massiva e reaproveitar esse material como combustível. Outro foco, prioritário para a indústria de petróleo, está no desenvolvimento de tecnologias para captura e armazenamento de carbono, uma esperança antiga do setor para seguir operando. Já para as empresas de gás natural, a prioridade tem sido tentar convencer governos e investidores sobre as credenciais desse combustível como uma opção “de transição”, mais limpo que outras fontes fósseis. Por fim, a modernização da rede de distribuição de eletricidade também desponta como um desafio para o setor elétrico.
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FONTE: CLIMAINFO.ORG.BR