Além de chamar a atenção para a saúde do homem, este mês também é dedicado a alertar a população, sobre a importância da prevenção e controle do diabetes, doença que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 5,4% da população adulta no Amazonas, o equivalente a 144 mil pessoas. O dado consta na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, ano em que a população com 18 anos ou mais, estimada para o Estado, era de 2,866 milhões de pessoas.
O diabetes é caracterizado pela produção insuficiente ou má absorção de insulina pelo organismo. O hormônio é responsável por regular a glicose no sangue, garantindo energia ao organismo. De acordo com a presidente da Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), enfermeira estomaterapeuta Karina Barros, a campanha ‘Novembro Azul Diabetes’ seve para sensibilizar a população sobre os cuidados que devem ser tomados desde a primeira infância, para prevenir a alteração, que entra na lista das chamadas doenças crônicas.
Especialmente porque, segundo o IBGE, em 2013, o percentual de pessoas com 18 anos ou mais, no Amazonas, diagnosticadas com o diabetes, era de 4,3%, ou seja, 1,1 ponto percentual abaixo da marca atual. O aumento no número de diabéticos é considerado preocupante, pois mostra que a prevenção não vem sendo feita da forma adequada.
Ainda de acordo com o IBGE, dos atuais 144 mil portadores de diabetes que vivem no Estado, 83 mil, ou, 57%, vivem na capital, Manaus. Pesquisas recentes mostram que a alteração tem influência direta com o estilo de vida, o que inclui, por exemplo, uma alimentação inadequada. A presidente da Segeam explica que, na capital, especialmente, o ritmo de vida corrido, tem levado parte da população a não adotar hábitos saudáveis de vida, como uma alimentação adequada, a prática regular de exercícios físicos, entre outros.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) afirma que todas as pessoas, diabéticas ou não, devem ter uma alimentação saudável, regulando a quantidade de doces e gordura ingeridos e mantendo um peso adequado ao seu perfil.
Destaca, ainda, que no caso de pessoas com obesidade ou sobrepeso, o emagrecimento ajuda no controle da doença. Outra dica importante é a contagem de carboidratos. Também é indicado um acompanhamento periódico por médico endocrinologista, especialmente no caso de pessoas que fazem uso de medicamentos para controlar o diabetes.
A doença pode ser dividida em vários tipos. Entre eles, estão o tipo 1, que abrange de 5% a 10% das pessoas diagnosticada; o tipo 2, mais comum e que está presente em quase 90% dos casos; e o diabetes gestacional, fruto do desequilíbrio hormonal durante a gestação.
Controle
“Hoje, a equipe da Segeam atua na rede pública de saúde, através do programa Pé Diabético, que atende pessoas acometidas pela alteração, e que desenvolvem problemas nos membros inferiores, associadas a ela, como feridas e úlceras de difícil cicatrização, etc. Lá, buscamos orientar os pacientes sobre a alimentação adequada e a importância de se evitar o sedentarismo e a obesidade, que se associados ao diabetes, podem levar a problemas muito mais graves, como os cardiovasculares, por exemplo”, destaca.
O controle da glicemia é ponto crucial durante o processo de orientação, que se estende até a fase de pós-alta hospitalar, com o Ambulatório de Egressos, que também é público. Isso porque, a doença é causada exatamente pela alteração na produção de insulina no organismo, elevando os índices glicêmicos e tornando-os nocivos ao corpo humano.
“Em novembro e em todos os outros meses do ano, buscamos informar os pacientes sobre detalhes importantes, como a proteção dos pés, já que o diabetes deixa a pele mais sensível; a dieta apropriada para cada caso, e também reforçamos o acompanhamento psicológico”, assegurou Karina Barros.