Presidente da CAE cobrou mais eficiência na gestão de recursos públicos, que têm batido recordes seguidos de arrecadação.
Após a Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz) apresentar dados das finanças do estado, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia
Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), afirmou o governador Wilson Lima (PSC) precisa ir além dos pedidos de desculpas nas redes
sociais e gerir de forma mais eficiente os recursos do estado. A declaração ocorreu durante a audiência pública desta semana com a Secretaria de Estado da Fazenda
(Sefaz) para avaliar o cumprimento das metas fiscais do governo do Amazonas.
Os dados apresentados pela própria Sefaz revelam que o Estado teve um acréscimo de R$ 2,7 bilhões na arrecadação de impostos em 2021 em comparação com o ano
anterior. De acordo com Ricardo Nicolau, os números provam que o Amazonas está arrecadando mais, porém falta eficiência na gestão dos recursos. “Infelizmente o
governo gasta mal. Não adianta o governador ir para as redes sociais pedir desculpa pela incompetência, pela inoperância e pela negligência. O governo deixou de cumprir
um papel importante na qualidade dos serviços públicos e no cuidado com as pessoas”, enfatizou.
Caos na segurança
O governo do Estado arrecadou R$ 25,5 bilhões em 2021, montante 12% maior na comparação com 2020, quando as receitas foram de R$ 22,7 bilhões. Ricardo Nicolau
afirmou que a falta de gestão compromete ações de pastas estratégicas, como a da segurança pública. “Isso comprova que não há nenhuma desculpa e que os serviços
públicos que hoje são prestados com péssima qualidade poderiam ser melhores. O Amazonas não precisa viver esse caos na segurança pública. Recursos tem e muito;
falta planejamento e vontade política para fazer”, ressaltou.
Ricardo Nicolau destacou ainda que o governo gasta mais com o sistema penitenciário do que com o auxílio prestado para as famílias durante a pandemia de Covid-19. “O
valor gasto com o auxílio para as pessoas em vulnerabilidade, que é importante para a economia e para as 300 mil famílias que precisam, é muito próximo com o valor gasto
no sistema penitenciário com, aproximadamente, dez mil presidiários”.
O presidente da CAE destacou, ainda, que o governo não tem um planejamento para desenvolver o Estado após a pandemia. “Não se vê planejamento estratégico para a
pós-pandemia, para a retomada das atividades econômicas. Oportunidades de desenvolvimento serão perdidas”, enfatizou.
Foto: Marcelo Cadilhe
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