MTST denuncia repressão violenta da PM de SP em ato na prefeitura de Itapecerica da Serra

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A Polícia Militar de São Paulo, comandada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), reprimiu violentamente uma manifestação de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que ocupavam, na manhã desta quinta-feira (5), parte do prédio da Prefeitura de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana do estado.

Os manifestantes reivindicavam reunião com o prefeito de Itapecerica, Dr. Ramon Corsini (UNIÃO), que desde o dia 23 de maio, quando houve um despejo considerado arbitrário de uma ocupação do movimento, diz que vai dialogar com o MTST.

Manifestantes reivindicavam reunião com o prefeito de Itapecerica, Dr. Ramon Corsini (UNIÃO).

De acordo com o movimento, o despejo foi feito de modo ilegal, sem ordem judicial. As famílias que estavam no local saíram pacificamente sob a condição de ter a demanda de moradia habitacional na cidade atendida em reunião com o prefeito.

Após duas semanas sem acontecer a prometida reunião, as famílias que foram despejadas resolveram, então, resolveram realizar, de modo pacifico, uma manifestação na prefeitura, buscando o diálogo com Ramon Corsini. A reação, porém, foi o acionamento das forças policiais.

Itapecerica

Militantes conseguiram entrar no saguão da prefeitura e negociar com prefeito da cidade. (Foto: MTST)

Representantes do movimento relatam que eram ameaçados constantemente de uso do gás de pimenta e os policiais estavam com armas à mostra. Os militantes conseguiram entrar no saguão da prefeitura e negociar com Ramon Corsini. O prefeito, segundo MTST, assumiu o compromisso de construir um projeto de habitação popular para a demanda na cidade.

“A gente foi recebido à chutes e pontapés. Nossos ônibus foram apreendidos pelo Prefeitura de Itapecerica. A gente tá sendo coagido porque está lotando de polícia, eles estão sendo truculentos. Aqui tem idoso, tem criança, tem um monte de gente que não quer violência. A gente está lutando pelos nossos direitos”, relata uma mulher em vídeo publicado pelo movimento nas redes sociais.

O que diz a prefeitura de Itapecerica da Serra?

Em nota publicada no site oficial, a Prefeitura de Itapecerica afirma que o “prefeito Dr. Ramon Corsini e membros de sua equipe receberam no Gabinete uma comissão do grupo”. “Dr. Ramon Corsini explicou que a Secretaria Municipal de Habitação já possui um cadastro extenso de munícipes que residem em áreas de risco. Estes, claro, têm prioridade de atendimento nas ações da Prefeitura. Dessa forma, e somado ao fato de que a municipalidade não possui áreas aptas para construções populares, neste momento não é possível ampliar esta demanda com pessoas de fora da cidade”, diz a nota. Leia a íntegra:

“O MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto realizou uma manifestação na sede da Prefeitura de Itapecerica da Serra na manhã desta quinta-feira, 5 de junho. Dezenas de pessoas adentraram ao espaço de atendimento da população gritando palavras de ordem.

A ação, que atrapalhou o andamento do Complexo Administrativo e obrigou a paralisação momentânea de alguns serviços públicos, foi consequência de uma ocupação frustrada de terreno particular em área industrial próximo ao centro de Itapecerica da Serra no último dia 24 de maio, impedida pelas forças policiais.

O prefeito Dr. Ramon Corsini e membros de sua equipe receberam no Gabinete uma comissão do grupo. Eles reivindicaram um programa de moradias populares para atendê-los e questionaram o andamento de um projeto aprovado para construções habitacionais no bairro Vila Calu, divisa com a cidade de São Paulo.

Dr. Ramon Corsini explicou que a Secretaria Municipal de Habitação já possui um cadastro extenso de munícipes que residem em áreas de risco. Estes, claro, têm prioridade de atendimento nas ações da Prefeitura. Dessa forma, e somado ao fato de que a municipalidade não possui áreas aptas para construções populares, neste momento não é possível ampliar esta demanda com pessoas de fora da cidade.

Sobre o projeto na Vila Calu, os secretários municipais de Planejamento e de Habitação explicaram que o mesmo está tramitando no Governo do Estado (Graprohab) no aguardo de ajustes do próprio Movimento. Assim que for encaminhado à Prefeitura para aprovação terá a celeridade necessária para sua concretização.

O prefeito ainda reforçou que a atual gestão não aceita invasões ou ocupações irregulares na cidade, pois além de serem ilegais, causam desorganização e atrapalham a oferta dos serviços públicos essenciais à população”.

 





Fonte: ICL Notícias

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