MORADIA POPULAR NO CENTRO HISTÓRICO DE MANAUS – por Adinamar Santos – Dino

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Somente de imóveis abandonados na área central de Manaus, poderia ser aporte de moradia para 200 mil pessoas.

Em projeto de pesquisa, coordenado pelo Instituto Pólis e parceiros, intitulado “Moradia é Central – inclusão, acesso e direito à cidade” nas cidades de Belém (FASE – Federação de órgãos para a Assistência Social e Educacional – Amazônia), Recife (FASE/HABITAT), Fortaleza (Ceará Periferia), São Paulo (Instituto Pólis), Rio de Janeiro (FASE e Fórum Nacional de Reforma Urbana- FNRU), em comum é destacado na pesquisa que “nas últimas décadas as grandes e medias cidades brasileiras, passaram por dinâmicas socioespacial muito semelhantes” com deslocamento de populações das áreas centrais.

Fato, também identificado em Manaus, a pesquisa aponta, não somente o esvaziamento e ou deslocamento, como também uso e funcionalidade, com “existência de número significativo de imóveis e domicílios vazios nessas áreas” as entidades envolvidas, destacam a necessidade de “aprofundamento da discussão acerca da habitação em áreas centrais, entre técnicos, lideranças, movimentos, gestores públicos e entidades.”

Essa tem sido a provocação de entidades da sociedade civil, como o Fórum Amazonense de Reforma Urbana. Que tem difundido a proposta de uso de prédios abandonados e desocupados – estimulando ocupação residencial e pontos de cultura na área central de Manaus, aproveitando a infraestrutura existente; sendo uma das propostas apresentadas pelo coletivo por ocasião da revisão do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus em 2013.

Com o advento de grandes shoppings potencializados desde o ano 1991, com a saída de órgãos públicos como a Câmara Municipal, Assembleia Legislativa, Prefeitura, Defensoria Pública, IBGE, INSS, Receita Federal, cinemas, bancos públicos e parte do comércio de luxo, do comando da polícia militar em ambiente de desleixo do local, onde nascera a cidade da Vila da Barra. Os efeitos mais visíveis da desestruturação do centro, pode ser observado nos casarões em ruínas, de prédios públicos abandonados, a densidade populacional ano a ano em declínio é o esvaziamento do território com infraestrutura, especialistas, pesquisadores e urbanistas afirmam que 200 mil pessoas poderiam dar “vida” revigorar aquele que fora palco da majestosa época da história da maior metrópole do norte.

Esse conjunto arquitetônico, vem sendo substituído com a demolição de antigos botecos, tradicionais bares e restaurantes e residências dando lugar a estacionamentos privados e a empreendimentos de educação como faculdades. Há de fato uma transição de uso e funcionalidade. Leonardo Normando, arquiteto e urbanista coordenador de programa no Instituto Municipal de Planejamento Urbano (IMPLURB). Relata que “O desafio é trazer para o sítio histórico de Manaus, além de novos usos, moradores de volta para a região, diz o arquiteto. Como há o esvaziamento do centro, então essa infraestrutura toda instalada, que tem capacidade para manter e receber muitos moradores além do comércio e serviços que lá existem, está um pouco ociosa”, afirmou.

     

 

 

Adnamar Santos, o Dino, é Assistente Social, Assessor de Habitat para a Humanidade Brasil,  com larga atuação nos movimentos socias que defendem o direito à Moradia e é membro do Fórum Amazonense de Reforma Urbana (Faru), um coletivo voltado para o debate dos problemas e defesa da população quanto aos serviços públicos básicos, de obrigação do poder publico e que, porem, não são garantidos como prevê a Constituição de 1988.

 

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