Republicado de Diário da Amazônia – PoClarissa Bacellar – 7 de novembro de 2022
Autor da coluna Abrahim Baze
Fez os primeiros contatos com as letras do curso primário no Colégio São Geraldo dirigido à época pela professora Diana Pinheiro, educadora famosa de grandes cabeças no Amazonas e os dois anos seguintes no Colégio Progresso da professora Júlia Barjona, cuja supervisão era da professora Neuza Lemos. Aluno dedicado à leitura e aos estudos, logo prestou exame de admissão ao Ginásio Amazonense Pedro II (hoje Colégio Estadual do Amazonas), fazendo quatro anos de estudos de ginásio e três anos do clássico, dedicado e líder estudantil, logo foi escolhido para representar a turma como orador.
O tempo passa e o jovem Milton de Magalhães Cordeiro presta exame de seleção para ingressar na Faculdade de Direito do Amazonas bacharelando-se na turma de 1963. A arte de escrever foi sendo construída nos matutinos da cidade de Manaus, em companhia do também jornalista Phelippe Daou. Exerceu neste período com muita dignidade e independência o jornalismo impresso e televisivo, na sua trajetória como repórter nos jornais A Gazeta, O Jornal e Diário da Tarde, hoje fora de circulação. Nesses dois últimos que pertenceram à Empresa Archer Pinto foi posteriormente redator, redator – secretário do Diário da Tarde e Superintendente Executivo.
Leiloeiro Judicial e Depositário Público do Amazonas entre os anos 1951 e 1956. Secretário Executivo da Superintendência da Zona Franca de Manaus em 1960 (Administração José Ribeiro Soares); Delegado de Manaus em 1960; Delegado de Ordem Política e Social na Administração do Governador Arthur Cezar Ferreira Reis em 1965; algumas vezes respondendo pela Chefia de Polícia da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Mais tarde demitindo-se para assumir a Secretaria Executiva da Cooperativa do Banco Popular de Manaus, exerceu também a função de Assistente Jurídico da Celetramazon em 1970.
Em 1969, mais uma vez a convite dos amigos Phelippe Daou e Joaquim Margarido participa da criação da Rádio TV do Amazonas Ltda, empresa que acabara de concorrer e vencer a concorrência pública do Ministério das Comunicações para as concessões das Tvs Amazonas em Manaus, Amapá em Macapá, Acre em Rio Branco, Rondônia em Porto Velho e Roraima em Boa Vista, como também as Rádios Amazonas FM, Acre FM, Amapá FM e CBN Amazônia.
No seu período de acadêmico na Faculdade de Direito fundou a União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas – UESA, ao lado de Francisco Ferreira Batista, Hernando Marques, Vinícius Câmara, Annibal Teixeira de Souza, Almir Diniz de Carvalho, Agnelo Balbi e Delfim Manuel de Souza Filho, tendo presidido a Instituição por dois mandatos. Ainda como acadêmico fez parte do Diretório XI de Agosto como Secretário de Cultura.
Fundador do AMERT – Associação Amazonense de Emissoras de Rádio e Televisão, tendo presidido por três mandatos. Fundador do SINDERPAM – Sindicato das Empresas de Radiodifusão (TV e Rádio) do Amazonas, tendo presidido essa Instituição em três mandatos.
No Grupo Rede Amazônica, Milton de Magalhães Cordeiro exerceu de forma primorosa a função de Vice-Presidente de Jornalismo. Fez parte do quadro societário das empresas do Grupo Modalva, Estúdio Amazônico e Studio 5 Festival Mall.
Foi fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, com a inscrição de número 21/59. No sindicato, na administração do jornalista Arlindo Porto, coordenou e secretariou a realização em Manaus da 5° Conferência Nacional de Jornalistas em 1961.
Foi fundador do Lions Club de Manaus – Centro, onde exerceu todas as funções de diretoria, inclusive de presidente. Em nível de Distrito, à época, foi presidente de Divisão, Vice-Governador, Assessor de Leonismo e Diretor-Geral da Convenção Distrital de 1969 em Manaus. Fundador do Lions Club de Boa Vista, em Roraima.
Foi Diretor da Associação Comercial do Amazonas, da Federação e Centro do Comércio do Estado do Amazonas. Foi Membro Titular do Conselho Fiscal da ABERT – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.
Foi casado com a Senhora Maria Edy Cerejo Cordeiro, de cujo, matrimônio nasceram os filhos Lúcia Helena, Cláudia Maria Themis e Milton Júnior.
[…] “Poucas instituições impactam a sociedade de forma tão avassaladora quanto a impressa, chamando para si a atenção de sujeitos e grupos sociais, cujas, demandas e projetos se veem por ela alcançados, seja no sentido do acolhimento e enfrentamento a eles. Não há pois, que se questionar o protagonismo do Jornal “impresso” na vida política e social brasileira, conforme resulta assentado pela hoje expressiva historiografia da imprensa, o que não significa, em absoluto, que os processos pelos quais tais interações se realizam estejam devidamente esclarecidos, ou seja, do domínio público. Não é o caso”.
* Trechos do prefácio da obra Histórias Impressas – Imprensa e Periodismo na Região Norte (1930-1988). Professor Dr. Luís Balkar Pinheiro.
Honrarias
• Medalha do Mérito JG Araújo da Associação Comercial do Amazonas;
• Medalha do Mérito Comercial da Federação do comércio;
• Medalha Luso-Brasileiro do Amazonas no Grau de Comendador Emídio Vaz d’ Oliveira da Beneficente Portuguesa do Amazonas;
• Medalha do Mérito Tamandaré;
• Medalha do Mérito Pacificador Santos Dumont;
• Medalha do Mérito da Radiodifusão.
Sobre o autor
Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista