Médico fala sobre últimos momentos do papa Francisco

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O papa Francisco faleceu rapidamente após um derrame na manhã de segunda-feira (21). De acordo com o chefe da equipe médica do pontífice, Sergio Alfieri, em entrevistas publicadas nesta quinta-feira (24), ele não sofreu e não havia nada que os médicos pudessem ter feito para salvar sua vida.

Sergio Alfieri relatou que recebeu um telefonema por volta das 5h30 da manhã de segunda-feira (21), no horário local, para ir rapidamente ao Vaticano e chegou cerca de 20 minutos depois. Alfieri, que é médico do hospital Gemelli, em Roma, supervisionou o tratamento do papa durante a internação para tratar pneumonia bilateral no início de 2025.

“Entrei em seu quarto e ele [Francisco] estava com os olhos abertos”, contou o médico ao jornal italiano Corriere della Sera. “Confirmei que não havia problemas respiratórios. Tentei chamá-lo pelo nome, mas ele não me respondeu. Naquele momento, eu soube que não havia mais nada a fazer. Ele estava em coma”, complementou o médico.

Alfieri também afirmou ao jornal La Repubblica, que “ele morreu sem sofrimento e em casa” e contou que algumas autoridades que estavam com o papa sugeriram transferi-lo imediatamente ao hospital. “Ele teria morrido no caminho. Fazendo uma tomografia, teríamos um diagnóstico mais exato, mas nada mais. Foi um daqueles derrames que, em uma hora, te levam embora”, explicou.

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Papa Francisco teve uma pneumonia dupla no começo do ano e ficou hospitalizado por 38 dias (Foto: AFP)

Médico: ‘Ele queria ser papa até o último momento’

Francisco tinha 88 anos e quase morreu lutando contra a pneumonia. O falecimento dele na segunda-feira (21) pegou muitas pessoas de surpresa, porque no Domingo de Páscoa (20), ele apareceu na Praça de São Pedro no papamóvel a céu aberto para saudar a multidão.

Após Francisco retornar ao Vaticano depois da internação, em 23 de março, Alfieri e os outros médicos recomendaram dois meses de repouso para permitir que seu corpo se recuperasse. Francisco, no entanto, continuou trabalhando.

Ele se encontrou com o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, no Domingo de Páscoa, e chegou a visitar uma prisão em Roma em 17 de abril.

Alfieri destacou que o papa ouviu os conselhos dos médicos e não se esforçou demais. “Ele [era] o papa. Voltar ao trabalho fazia parte do seu tratamento e ele nunca esteve exposto a perigos.” O médico ressaltou que viu Francisco pela última vez na tarde de sábado.

“Ele estava muito bem”, comentou, acrescentando que contou ter presenteado o papa com uma torta de um sabor que ele sabia que o pontífice gostava. Segundo Alfieri, o papa Francisco disse: “Estou muito bem, comecei a trabalhar novamente e estou gostando”.

“Sabíamos que ele queria voltar para casa e ser papa até o último momento. Ele não nos decepcionou”, disse o médico.



Fonte: ICL Notícias

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