O ambulatório funciona na Policlínica PAM da Codajás desde 2017 e conta com uma equipe multidisciplinar para o atendimento da população LGBTQI+
Em 2017 um grupo do movimento LGBTQI+, através da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) procurou a Dra. Dária Neves, ginecologista e obstetra, com especialidade em reprodução humana, do setor de ginecologia da Policlínica PAM da Codajás, para que encabeçasse o atendimento especificamente para a população “TRANS”, incluindo no ambulatório a questão da diversidade sexual e de gênero.
A partir daí, em uma reunião que contou com a participação de movimentos LGBTQI+ e dos Ministérios da Saúde, da Educação e da Justiça, professores da UEA dos cursos de Medicina, Direito e Psicologia decidiram criar o projeto denominado Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero .
O setor de Ginecologia da Policlínica PAM Codajás já fazia parte de um covênio com a UEA, pois na unidade hospitalar funciona o Ambulatório de Ginecologia Endocrina, onde já era prestado atendimento à algumas pessoas que procuravam o ambulatório para a questão da transexualidade.
O ambulatório foi, então implantado neste setor.
O ambulatório possui parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e com a UEA, permitindo a ampliação do ambulatório.
Com as parcerias, foi formado uma equipe multidisciplinar composta de: Ginecologistas, Enfermeiros, Assistentes Sociais, Psicólogos, Fonoaudiológos e várias outras especialidades para acompanhar as necessidades de todos os que procuram o ambulatório.
Balanço
Os atendimentos no laboratório começaram em setembro de 2017, com apenas 24 pessoas trans. Em 2018 o atendimento de primeira vez expandiu para 59 pessoas. Já em 2019, foram 79 pessoas. Já e 2020, foram 116 atendimentos, totalizando 278 pessoas trans atendidas pela primeira vez no ambulatório.
Funcionalidade
O ambulatório possui três consultórios, onde o público conta com atendimento do Serviço Social e é esse serviço que faz toda a tramitação para que o nome social venha descrito no cartão do SUS.
O consultório de atendimento da Psicologia, onde todas as consultas são programadas. O atendimento é personalizado e individual. E ainda o setor de ginecologia endocrina, onde é feito todo o manejo da questão hormonal.
Neste setor é feito ainda o atendimento das pessoas intersexo. Já houve o atendimento de crianças intersexo, onde a equipe fez todo o atendimento psicológico também com os familiares.
Capacitação e expectativas
Toda a equipe do ambulatório passou por capacitações no Ministério da Saúde, no Hospital Albert Einstein. A equipe possui principalmente o respeito à todo o segmento LGBTQI+.
Além do Ambulatório Trans, existe um ambulatório específico para mulheres lésbicas homoafetivas. Existe o interesse futuro em ampliar o atendimento aos demais gêneros desse público.
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Assessoria de Imprensa
Vanessa Rocha (99366-9477)