Essa ideia de que Jesus foi inventado pelos romanos é uma teoria polémica que foi proposta por alguns estudiosos e teólogos. Mas atenção, não é amplamente aceito pelos principais historiadores e estudiosos religiosos. Aqui estão alguns pontos-chave a reter:
- Joseph Atwill: Um estudioso da Bíblia americano que afirma que Jesus foi criado pelos romanos como uma ferramenta de propaganda para pacificar a população judaica. Este autor escreveu um livro chamado “Caesar’s Messiah: The Roman Conspiracy to Invent Jesus”, no qual ele argumenta que a dinastia Flaviana, que governou Roma de 69 a 96 DC, criou a história de Jesus como uma forma de controlar os judeus.
- Outros teólogos: Alguns outros teólogos também sugeriram que Jesus foi inventado pelos romanos para fins políticos. Porém, convém sempre salientar que essas afirmações não são amplamente aceitas pelos estudiosos tradicionais.
- Evidência histórica: Não há evidência histórica direta para apoiar a ideia de que Jesus foi inventado pelos romanos. Os primeiros relatos de Jesus vêm do Novo Testamento, que foi escrito por seus seguidores várias décadas após sua morte. Embora existam algumas referências históricas a Jesus fora da Bíblia, como nos escritos do historiador judeu Josefo, essas referências não são conclusivas e estão sujeitas a debate entre os estudiosos.
Em conclusão, embora alguns estudiosos e teólogos tenham sugerido que Jesus foi inventado pelos romanos, essa teoria não é amplamente aceita pelos historiadores e estudiosos religiosos convencionais. A evidência histórica da existência de Jesus está sujeita a debate, mas a maioria dos estudiosos acredita que ele foi uma figura histórica real que viveu no primeiro século DC.
Eis o bom Jesus a pensar: «Eu, uma invenção romana?! Caraca, ando a transformar água em vinho, mas estes idiotas é que andam bêbados!»
A questão da cor de Jesus sempre foi um tema polêmico, evocando fortes paixões tanto a favor como contra a negritude e branquitude de Cristo. Tem uma brincadeira que os negros norte-americanos costumam dizer sobre três maneiras que prova que Jesus era Negro:
- Ele chamou todos de irmãos,
- Gostava do Evangelho, e
- Ele não poderia ter um julgamento justo.
Teorias à parte, o fato é que existe fortes evidencias bíblicas que Jesus não era branco.
Vejamos 5 delas:
1 . Jesus nasceu em Africa.
Os Evangelhos dizem de maneira explícita que Jesus nasceu em “Belém de Judá, no tempo do rei Herodes” (Mt 2,1 cfr. 2, 5.6.8.16), (Lc 2, 4.15), (Jo 7, 40-43). Nos tempos antigos, incluindo o tempo de Jesus, Belém de Judá era considerado parte de África. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte da África. Esta visão haveria de perdurar até 1859, quando o engenheiro francês Ferdinand de Lesseps pôs-se a construir o Canal de Suez. A partir daí, foi a África separada não somente geográfica, mas sobretudo histórica, cultural e antropologicamente do que hoje chamamos Oriente Médio. Aquela milenar extensão da África passa a figurar nos mapas como se fora Ásia.
2 . Jesus tinha presença negra na linhagem familiar.
A genealogia de Jesus foi misturada com a linha de Cam desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia. Nos antepassados de Jesus através de Cam, lado feminino desta mistura, há cinco mulheres mencionadas na genealogia de Jesus Cristo ( Tamar, Raabe, Rute, Bateseba e Maria) (Mateus 1:1-16). As primeiras senhoras mencionadas eram de descendência de Cam. Assim, Jesus pode ser aclamado etnicamente pelos povos semitas e descendentes de Cam.
3 . Jesus era da tribo de Judá, uma das tribos Africanas de Israel.
Ancestrais masculinos de Jesus vêm da linha de Sem (miscigenados). No entanto, a genealogia de Jesus foi misturada com a linha de Cam desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia. O antepassado de Jesus através de Cam é narrado em Gênesis 38: então Tamar, a mulher Cananéia (Negra) fica grávida de Judá, e dá à luz aos gêmeos Zerá e Perez, formando a Tribo de Judá, antepassados do rei Davi e de José e Maria, os pais terreno de Jesus.
4 . Jesus se escondeu entre os Negros.
Não foi por acaso que Deus enviou a Maria e José para o Egito com o propósito de esconder o menino Jesus do rei Herodes (Mateus 2:13). Ele não poderia ter sido escondidos no norte da África se fosse um menino branco. Não por proteção militar já que nessa época o Egito era uma província romana sob o controle romano, mas porque o Egito ainda era um país habitado por pessoas negras. Assim, José, Maria e Jesus teriam sido apenas mais uma família negra entre os negros, que tinham fugido para o Egito com a finalidade de esconder Jesus de Herodes, que estava tentando matar o menino.
Se Jesus fosse branco, loiro de olhos azuis, teria sido difícil para ele e sua família se esconder entre os egípcios negros sem ser notado. O povo hebreus era muito parecido com povo egípcios, caso contrario teria sido difícil reconhecer uma família hebraica entre os egípcios Negros. Foi no Egito que o povo de Israel teve seu auge da negritude, Setenta israelitas entraram no Egito e lá ficaram durante 430 anos, trinta anos os israelitas foram hóspedes, e 400 anos cativos no Egito, eles e seus descendentes se casaram com não-israelitas, chegando a mais de 600.000 homens, mulheres e crianças. Saíram do Egito uma multidão misturada. Etnicamente, os seus antepassados eram uma combinação de afro-asiáticos.
5 . Jesus era semelhante pedra de jaspe e de sardônio.
Sei que para a experiência de fé de muitos cristãos a cor de Jesus não é relevante, também sei que muitos “cristãos” dizem que se Jesus não fosse branco eles não seriam cristãos. O importante da revelação dessas evidencias é que elas não são percebidas pelos leitores da Bíblia.
A fim de que a nossa visão do Jesus histórico se torne mais negra, é mister que comecemos por derrubar alguns mitos tidos como dogmas. Acredito que existam outras evidencias que poderia citar neste texto, mais ficamos por enquanto com essas cincos. O texto continua aberto para receber outras evidencias e questionamentos dessas. Sinta-se à vontade para colaborar e enriquecer esse artigo.
Por Hernani Francisco da Silva – do Afrokut
Rosto de Cristo – Como a representação se transformou durante a história
A reprodução do rosto de Cristo é um tem que desperta curiosidade de pesquisadores e religiosos há séculos, além de carregar controvérsia.
A representação do rosto de Cristo levanta discussões polêmicas e controversas há séculos. Na verdade, desde o início do desenvolvimento do Cristianismo, pesquisadores e religiosos tentam chegar a um consenso sobre essa imagem.
A princípio, a adoração de imagens era refutada por cristãos primitivos, bem como pelos judeus. Sendo assim, a missão de interpretar e retratar o rosto de Jesus acabou caindo na mão de artistas, nos séculos seguintes a sua morte.
Desde meados do século III até os dias atuais, a discussão perdura e tem vertentes diferentes tentando explicar e definir os verdadeiros traços de Cristo,
História da retratação
A primeira representação histórica comprovada do rosto de Cristo traz, na verdade, uma imagem depreciativa. Encontrada na parede do Pedagogium, a antiga escola da guarda imperial, a imagem provavelmente foi feita por algum soldado romano que não seguia Jesus. Isso porque, no desenho, o homem crucificado tem a cabeça de um asno.
No mesmo período, há poucas imagens e símbolos que buscam retratar o rosto de Cristo, uma vez que a idolatria de retratos não era uma prática religiosa comum dos primeiros cristãos. Ao invés disso, os religiosos se apegavam a sinais como as iniciais do nome de Jesus, bem como o desenho de peixes.
A partir do século III, então, o Cristo na forma humana passou a integrar os símbolos cristãos. Essa era uma forma de promoção e divulgação da recente religião, especialmente por meio da imagem de Cristo em meio aos animais.
Popularização do rosto de Cristo
A imagem popularizada do rosto de Cristo demorou séculos para acontecer. Foi só em 1924 que o ilustrador Warner Sallman criou a arte com Jesus jovem, barbado, com cabelo nos ombros e olhos claros.
Na época, Sallman prestava serviço como ilustrador para publicações religiosas e precisou desenhar o rosto de Cristo. A imagem criada pelo artista ficou tão popular que passou a ser reproduzida em igrejas, escolas e residências por todo o mundo. No entanto, a primeira versão do desenho era apenas um desenho feito de carvão.
Foi somente em 1940 que ele fez uma nova arte, dessa vez uma pintura a óleo. Essa nova versão, então, ficou praticamente oficializada como o verdadeiro rosto de Cristo ao redor de todo o mundo. Estima-se que a pintura tenha sido reproduzida pelo menos 500 milhões de vezes.
A arte de Sallman é a principal responsável por popularizar o rosto de Cristo como um homem de cabelos claros e olhos azuis, mas não foi a primeira a pensar no Messias dessa maneira. Isso porque a ideia de um Jesus de pele clara já era difundida na Idade Média.
Na época, tons mais escuros de pele passaram a ganhar conotações negativas na sociedade, distanciando a imagem de Jesus dessas noções. Assim, o avanço do Cristianismo pela Europa contribuiu para associar Jesus a um homem de tom de pele mais claro. Uma vez que o rosto de Cristo fosse mais semelhante com o da população, a conversão e aceitação da religião seria mais eficiente.
Entretanto, essa retratação traz uma série de polêmicas. Pesquisadores defendem que seria praticamente impossível que o rosto de Cristo tivesse tons claros, considerando a época e região em que viveu.
Na Bíblia, não existem registros que apontem definições que possam sustentar quaisquer teorias, mas os indícios geográficos sugerem que cabelos, olhos e peles de Jesus tinham tons escuros.