Índices futuros em queda refletem cautela com gastos nos EUA

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Os índices futuros operam em território negativo, nesta quarta-feira (21), refletindo a crescente apreensão dos mercados diante das incertezas fiscais nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, os rendimentos dos Treasuries sobem, sinalizando maior aversão ao risco em meio às discussões turbulentas no Congresso sobre o orçamento federal e o avanço dos gastos deficitários.

À tensão fiscal somam-se as expectativas em torno dos resultados de grandes redes varejistas, que divulgarão seus balanços antes da abertura dos mercados. Estão no radar dos investidores os números da TJX, Lowe’s e Target, que podem oferecer pistas valiosas sobre o impacto das tarifas recentemente impostas à cadeia de consumo e sobre as estratégias de precificação adotadas pelo setor.

Na semana passada, o Walmart já havia acendido um sinal de alerta ao afirmar que as sobretaxas forçariam a empresa a aumentar os preços — declaração que provocou críticas do então presidente Donald Trump. Em movimento oposto, a Home Depot anunciou na terça-feira que pretende manter os preços estáveis, apostando na conquista de fatias de mercado frente à concorrência, o que indica abordagens divergentes diante das tensões comerciais.

Também nos EUA, os estoques semanais de petróleo serão divulgados às 11h30 (horário de Brasília), oferecendo um panorama da oferta disponível nos estoques comerciais. Embora o dado tenha potencial para influenciar os preços do combustível e o comportamento do mercado energético, o foco do dia permanece voltado ao desempenho do varejo.

No Brasil, a agenda econômica traz a divulgação do fluxo cambial semanal às 14h30, um indicador relevante para monitorar as entradas e saídas de dólares no país.

Brasil

Ibovespa fechou a terça (20) com alta de 0,34%, aos 140.109,63 pontos, um ganho de 473,22 pontos. É o maior patamar de fechamento da história. Além disso, bateu a máxima histórica também, com 140.243,86 pontos, 40 pontos a mais do que a máxima anterior conseguida na segunda-feira. Já o dólar comercial voltou a subir, agora 0,26%, a R$ 5,669.

No relatório divulgado pelo Morgan Stanley ontem, o banco projeta que o Ibovespa alcance os 189 mil pontos em meados de 2026, além de indicar a recomendação “overweight” para o Brasil.

“Elevamos o Brasil para OW e adicionamos serviços financeiros, empresas estatais, serviços públicos e concessões. O Brasil poderia se beneficiar de uma mudança na política interna e de incentivos para ganhar exposição ao comércio”, escreveram os analistas da instituição.

Europa

Os mercados europeus operam mistos, com os investidores digerindo dados econômicos da região, como a inflação do Reino Unido, que subiu 3,5% em abril, superando as expectativas do mercado.

STOXX 600: -0,21%
DAX (Alemanha): -0,07%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,08%
CAC 40 (França): -0,38%
FTSE MIB (Itália): +0,19%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam hoje, em meio a renovadas preocupações de que a guerra tarifária deflagrada por Donald Trump está afetando o desempenho da economia.

Dow Jones Futuro: -0,65%
S&P 500 Futuro: -0,64%
Nasdaq Futuro: -0,71%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, apesar da queda de 0,23% do índice japonês Nikkei 225. O recuo veio após o Japão registrar desaceleração nas exportações pelo segundo mês consecutivo, em meio ao impacto das tarifas abrangentes impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Shanghai SE (China), +0,21%
Nikkei (Japão): -0,61%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,62%
Kospi (Coreia do Sul): +0,91%
ASX 200 (Austrália): +0,52%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem mais de 1% após relatos de que Israel está preparando um ataque às instalações nucleares iranianas, aumentando os temores de que um conflito poderia afetar a disponibilidade de fornecimento na importante região produtora do Oriente Médio.

Petróleo WTI, +1,50%, a US$ 62,96 o barril
Petróleo Brent, +1,38%, a US$ 66,28 o barril

Agenda

Em dia de agenda esvaziada, os EUA divulgam o estoque de petróleo semanal.

Por aqui, no Brasil, o Brasil negocia com a China para regionalizar a suspensão das exportações de frango após um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul. O governo quer limitar o embargo apenas ao estado, evitando impacto nacional. As conversas são conduzidas pelo Ministério da Agricultura com autoridades chinesas. O Brasil argumenta que o foco foi isolado e que há precedentes de medidas regionais adotadas por Japão e Singapura. A proposta segue os protocolos da OMSA e o acordo sanitário bilateral. A resposta chinesa deve sair em até duas semanas.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg





Fonte: ICL Notícias

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