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“Impunidade não pode prevalecer sobre negacionistas que levaram milhares de brasileiros à morte.”, alerta Omar Aziz fevereiro 23, 2022  Política

Em resposta às tentativas públicas de invalidar o trabalho de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM) reforça que as provas contra os indiciados contidas no relatório final da CPI são robustas e suficientes para que sejam aprofundadas pelos órgãos competentes. Nesta quarta-feira, 23/02, membros do Observatório da CPI da Pandemia se pronunciaram oficialmente pela importância da Procuradoria-Geral da República em não deixar que os responsáveis pelas milhares de mortes no País fiquem impunes.       

Para Omar Aziz, houve omissão por parte do Governo Federal e o País poderia ter registrado menos mortes. “O Brasil errou e não podemos permitir que erre novamente. Caso ninguém seja punido pelo o que aconteceu com os brasileiros e brasileiras, não tenha dúvida que futuramente pode aparecer um outro presidente e fazer a mesma coisa ou pior. Não podemos permitir que a impunidade prevaleça em relação às pessoas que foram omissas, negacionistas, que propagaram fake news, que mentiram à população e levaram à morte milhares de brasileiros.”, alerta o senador. 

Quatro meses após o fim da CPI, o Ministério Público do Distrito Federal (MPF-DF) e do Amazonas (MPF-AM),além do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) estão dando andamento em investigações com base nas provas do relatório final da comissão. No entando, Omar Aziz lamenta a falta de boa vontade da Procuradoria Geral da República em avançar nas apurações.  

“Tudo na vida depende de boa vontade. O Fábio Weingartner veio aqui e mostrou que a Pfizer ofereceu a vacina, o presidente (Jair Bolsonaro) tomou conhecimento e não tomou nenhuma providência. Se isso não é prova, o que é prova então? Nós tínhamos que estar lá e gravar o presidente?”, questiona o parlamentar.

Omar Aziz alega ainda que as declarações do procurador-geral, Augusto Aras, são um artifício para tentar diminuir o trabalho feito pela CPI e confundir a população brasileira. “Temos todo o respeito pelo procurador-geral, como por todas as autoridades do Brasil, mas não posso permitir que o trabalho de seis meses, mostrando ao Brasil como foi tratada a questão da pandemia, como o Brasil é campeão proporcional em mortes, tenha sido em vão. O Ministério Público é o fiscal da população brasileira e quando ele é acionado, a obrigação dele é se aprofundar nas investigações.”, completa. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também rebateu as afirmações do procurador-geral da República de que a CPI não entregou provas, e deu como exemplo o indiciamento da cúpula do governo Bolsonaro pelo crime de Epidemia com resultado de morte, presente no relatório final anexado de provas orais e documentais. 

Segundo Randolfe, ações já estão em andamento a partir das provas entregues pela CPI, como é o caso da ação civil pública movida na 21ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que busca indenização de R$ 62 bilhões da União em favor das vítimas da pandemia. “É discrepante como avança em outras instâncias e nos ministérios públicos estaduais, e como tem sido ‘embromada’ a tramitação no foro privilegiado por parte da procuradoria-geral da república e do Supremo Tribunal Federal (STF).”, critica Rodrigues.  

Renan Calheiros (MDB-AL) reitera que o relatório final apresentou provas para os crimes de todos os acusados e que o documento já deu consequência a 12 investigações somente no MPF-DF. “Há um esforço para desmerecer as provas, mas não vão conseguir, pois essa CPI investigou tudo à luz do dia, com farto material probante. A sociedade acompanhou não só os interrogatórios, como também as provas que esses interrogatórios produziam”, afirma Calheiros.

Observatório da CPI da Pandemia reforça que provas contidas em seu relatório final já movimentou ações na justiça pelo Brasil

Foto: Ariel Costa

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