O samba ganhou o palco do Teatro Amazonas para o Lançamento do Carnaval na Floresta 2025, na noite de domingo (29/12). As oito escolas de samba do grupo especial de Manaus se apresentaram no principal palco da cultura amazonense, transformando o evento em uma noite histórica para a cultura popular.
Apresentando seus sambas exaltação, sambas de concentração, sambas-enredo históricos e o samba enredo de 2025, as escolas do grupo especial levaram ritmistas, passistas, rainhas de bateria, mestres-salas e porta-bandeiras para compor suas performances no Teatro Amazonas.
A escola de samba campeã de 2024, Mocidade Independente de Aparecida, abriu a noite, apresentando o enredo “Luz Sapeintiae – Orgulho Caboclo”, que homenageia a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Em seguida, a Vitória Régia subiu ao palco com o enredo “Meu largo é amado, repleto de histórias… Tem arte sacra, arte nata, água benta, aguardente, bares e beatas brotam neste chão. Em verde e rosa, eu canto com emoção”.
A terceira escola a se apresentar foi a Unidos do Alvorada, que vai defender o enredo “Divina Mulher – A força, a beleza, a criação”. A Vila da Barra foi a quarta escola a subir ao palco, apresentando o enredo “Njinga – A rainha de Angola”, seguida pela Sem Compromisso, com o enredo “Samaúma – A guardiã da floresta amazônica”.
A Andança de Ciganos foi a sexta atração da noite, com o enredo “Gênesis”. Em seguida, a Reino Unido da Liberdade preencheu o palco com a apresentação do enredo “Êpahey Reino Unido – Mojubá, Gbogbo Orixá”. O encerramento da noitada de muito samba no Teatro Amazonas ficou por conta da Grande Família, com o enredo “Gás natural – A energia que faz pulsar a Amazônia”.
Em todo o estado
O secretário em exercício de Cultura e Economia Criativa, Candido Jeremias, ressaltou a natureza inédita do evento realizado no Teatro Amazonas. “O governo do Amazonas traz mais uma inovação para o Carnaval, o Carnaval na Floresta, lançando, hoje, aqui no Teatro Amazonas, para todo o Estado do Amazonas, o desfile das escolas de samba e o Carnaval na Floresta”, afirmou.
O secretário pontuou, ainda, que o Carnaval da Floresta acontece tanto na capital quanto no interior. “A festa promovida pelo Governo do Amazonas é em Manaus e também no interior, através do apoio, via edital de fomento, que o governador Wilson Lima lançará no mês de janeiro, com apoio a bandas e blocos carnavalescos”, revelou.
O presidente da Vitória Régia, Darlan Braga, destacou que o Carnaval está sendo valorizado como deve ser. “Para mim, é uma satisfação enorme ter essa iniciativa que partiu das Escolas de Samba junto ao secretário Cândido, e graças a Deus o secretário nos atendeu de prontidão. O Carnaval precisava ser valorizado como ele está sendo valorizado agora”, disse.
“O Carnaval de 2025 bem melhor do que foi e melhor que muitos carnavais em Manaus, se Deus quiser. Hoje, nós temos uma estrutura de fomento melhor e, com esse fomento, a gente tem certeza que pode fazer um carnaval bem melhor, um carnaval com alegorias mais bem-acabadas, umas fantasias com materiais melhores”, declarou.
Oportunidade única
Para o intérprete do samba-enredo da Reino Unido da Liberdade, Carlos Endryl, o lançamento no Teatro Amazonas foi uma oportunidade para os músicos e artistas das comunidades. “É uma oportunidade única, maravilhosa, que só o Carnaval pode proporcionar para músicos da comunidade, tanto do Morro da Liberdade como de todas as comunidades de Manaus. Isso só mostra a força das escolas de samba de Manaus, só mostra a força do nosso Carnaval”, opinou.
A porta-bandeira da Mocidade Independente de Aparecida, Leandra Gomes, já havia se apresentado no palco do Teatro Amazonas como bailarina que é. Em um evento com todas as escolas de samba, empunhando o pavilhão da Aparecida, entretanto, foi a primeira vez. “Acho maravilhoso, principalmente para os casais de mestres-salas e porta-bandeiras poderem dançar no melhor palco que temos no Brasil”, pontuou.
Filha de Ednelza Sahdo, um ícone do teatro e do Carnaval de Manaus, que foi porta-bandeira da Aparecida durante décadas, Katleen Sahdo é da harmonia da Vila da Barra e se disse encantada com a oportunidade de assistir a escola se apresentando no Teatro Amazonas.
“Apresentar-se no Teatro Amazonas é algo inusitado. Acho que as escolas têm que se sentir lisonjeadas. É uma união da cultura popular com a cultura clássica. Amei. Uma ideia maravilhosa”, comemorou.
FOTOS: Alex Pazuello / Secom
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