O ministério de minas e energia editou na última 5a feira (20/10) duas normas que regulam a implantação de usinas eólicas em alto-mar ou ooffshore, em mais um passo rumo ao aproveitamento do grande potencial da região marítima brasileira para geração de energia renovável. Uma das portarias, editada junto com o ministério do meio ambiente, cria um portal para gestão de áreas marítimas voltadas para as usinas; já a outra estabelece diretrizes para a cessão onerosa de áreas para geração offshore.
“O IBAMA já recebeu 66 projetos solicitando permissão para exploração de energia em águas marinhas, que podem produzir 169 GW de energia. Para se ter uma ideia desse volume, o Brasil produz, hoje, 180 GW em todas as fontes”, destacou o MMA em nota. “O potencial de produção de energia offshore é de 700 GW, o que corresponde a 50 hidrelétricas de Itaipu”.
A notícia foi bem recebida por representantes do setor eólico no Brasil. Segundo a Reuters, alguns discutem a possibilidade de que aconteça um leilão para cessar de áreas para geração já no próximo ano, a depender da celeridade da análise dos requerimentos apresentados ao IBAMA. Além de dar mais clareza sobre o funcionamento desse mercado no Brasil, a medida pode ajudar a destravar investimentos internacionais para energia renovável, aproveitando o potencial significativo do litoral brasileiro para geração eólica. Esses recursos serão importantes: afinal, diferentemente das eólicas instaladas em terra firme, as geradoras offshore dependem de um volume significativamente maior de investimento para sua implantação e operacionalização.
Canal Energia e Valor também destacaram a notícia.
ClimaInfo, 24 de outubro de 2022.