Futuros recuam com impasse tarifário nos EUA

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Os mercados globais começam esta sexta-feira (30) em clima de cautela, com os índices futuros das bolsas norte-americanas operando em queda. O movimento reflete o aumento das incertezas comerciais após uma decisão judicial que reacende tensões tarifárias nos Estados Unidos. Um tribunal federal de apelações restabeleceu temporariamente tarifas globais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, revertendo uma liminar anterior que havia declarado parte dessas medidas ilegais.

A nova reviravolta judicial exige que o governo norte-americano apresente até 9 de junho seus argumentos para manutenção das tarifas, o que adiciona um elemento de instabilidade ao ambiente macroeconômico global. A medida também reacende preocupações sobre o protecionismo comercial e seus potenciais impactos sobre a cadeia de suprimentos.

Além da questão tarifária, investidores acompanham atentamente indicadores econômicos relevantes nos EUA. Serão divulgados nesta manhã o Índice de Preços ao Consumidor PCE, principal métrica de inflação observada pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), além dos dados de exportação de grãos e o índice de confiança do consumidor referente a maio.

No Brasil, a atenção se volta para o resultado primário de abril e o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre.

Brasil

O Ibovespa encerrou a quinta-feira (29) em queda de 0,25%, aos 138.533,70 pontos — recuo de 354,11 pontos. Já o dólar comercial recuou 0,50%, cotado a R$ 5,666, devolvendo os ganhos da véspera, enquanto os juros futuros (DIs) também terminaram sem sinal único, em linha com a instabilidade dos mercados.

A quinta-feira foi marcada por vários assuntos. No cenário internacional, os resultados robustos da Nvidia chegaram a animar os investidores, mas o impacto foi ofuscado pela decisão da Justiça dos Estados Unidos de suspender parte das tarifas impostas por Donald Trump à China.

No Brasil, o noticiário foi marcado pelo debate em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) vários dados econômicos. O governo central registrou superávit primário de R$ 17,78 bilhões em abril, e o crédito consignado privado avançou 7,4% no mês. A taxa de desemprego ficou abaixo do esperado no trimestre encerrado em abril, com recorde de empregos com carteira assinada.

Europa

As bolsas europeias avançam nesta sexta, mesmo diante da incerteza em relação à política tarifária dos Estados Unidos, que segue gerando cautela entre os investidores.

STOXX 600: +0,56%
DAX (Alemanha): +0,79%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,67%
CAC 40 (França): +0,32%
FTSE MIB (Itália): +0,57%

Estados Unidos

Os índices futuros recuam hoje, mas caminham para encerrar maio com ganhos expressivos. No mês, o S&P 500 acumula alta superior a 6%, enquanto o Nasdaq Composite avança cerca de 10%. Já o Dow Jones, composto por 30 ações, registra valorização de aproximadamente 4%.

Dow Jones Futuro: -0,02%
S&P 500 Futuro: -0,06%
Nasdaq Futuro: -0,07%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, pressionadas pela desaceleração da economia dos Estados Unidos, pelos temores de inflação e pelas incertezas em torno dos desdobramentos judiciais relacionados às tarifas “recíprocas” do presidente dos EUA, Donald Trump.

Shanghai SE (China), -0,47%
Nikkei (Japão): -1,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,20%
Kospi (Coreia do Sul): -0,84%
ASX 200 (Austrália): +0,30%

Petróleo

Os preços do petróleo avançam, mas caminham para encerrar a semana com queda de mais de 1%, em meio a decisões tarifárias drásticas nos EUA e enquanto o mercado se preparava para um possível aumento na produção da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados).

Petróleo WTI, +0,30%, a US$ 61,12 o barril
Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 64,27 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados os dados do índice PCE de abril e a confiança do consumidor de maio.

Por aqui, no Brasil, o estoque do crédito consignado para trabalhadores do setor privado cresceu 7,4% em abril, primeiro mês de pleno funcionamento do programa Crédito do Trabalhador. A nova modalidade permite o uso de até 10% do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia. Lançado por Medida Provisória, o programa elimina a exigência de acordo entre empresas e bancos, com contratação disponível pelo app da CTPS Digital. A portabilidade começa em 6 de junho. A taxa de juros média foi de 3,94% ao mês, bem acima das cobradas de aposentados e servidores. O estoque total de crédito no país chegou a R$ 6,6 trilhões.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg





Fonte: ICL Notícias

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