Simão Peixoto explicou que a ajuda humanitária chega a essas pessoas na semana que vem
Nesta quinta-feira (02/11), em entrevista à imprensa manauara, o prefeito de Borba, Simão Peixoto, informou que cerca de seis mil famílias estão em situação crítica por causa da estiagem tanto na sede do município quanto nas áreas ribeirinhas. Simão adiantou que a partir da próxima semana a ajuda humanitária estará chegando às vítimas da seca.
A prefeitura, por determinação do prefeito, fez um levantamento criterioso das pessoas afetadas pela estiagem. “Nossas secretarias de Defesa Civil, de Saúde, de Assistência Social e de Educação, fizeram um levantamento das pessoas que realmente estão isoladas, em vulnerabilidade social. Foi feito um cadastro e até semana que vem já estaremos iniciando o atendimento dessas pessoas”, informou o prefeito, ressaltando que pediu apoio aéreo da Defesa Civil do Amazonas para auxiliar na distribuição dos mantimentos.
De acordo com Simão Peixoto, o Governo Federal, por meio da Defesa Civil, disponibilizou o recurso no valor de R$ 1,6 milhão para ações direcionadas às vítimas da pior seca de todos os tempos.
“Foi disponibilizado pela Defesa Civil Federal para o município de Borba R$ 1,6 milhão para a gente comprar combustível, água e cestas básicas, inclusive, esse dinheiro já está empenhado. Nossa previsão é que na próxima semana, a gente já possa distribuir tanto água quanto combustíveis para eles se locomoverem (lagos e igarapés estão secos e na terra), bem como a alimentação para eles, que estão isolados”, declarou.
Amazonas
Simão Peixoto informou que
ainda aguarda ajuda humanitária por parte da Defesa Civil do Amazonas. “Nós estamos enfrentando uma dificuldade muito grande. Eu tive uma conversa com a Defesa Civil (do Amazonas), em Manaus. Nós estamos solicitando do coronel (Francisco) Máximo (secretário-executivo da Defesa Civil do Amazonas) porque quase todos os municípios da Calha do Madeira já foram atendidos pelo Governo do Estado, pela Defesa Civil do Estado do Amazonas. Até o presente momento ainda não chegou água, o combustível, principalmente, as cestas básicas que nós precisamos muito. Estamos esperançosos que o governador Wilson Lima e o coronel atendam nossas solicitações”, enfatizou o gestor.
Simão destacou que já está em andamento a licitação para a aquisição de medicamentos para as vítimas da pior vazante já registrada no Amazonas em 121 anos. “Nós tivemos uma conversa com a ministra da saúde, Nísia Trindade, e nós conseguimos recursos da ordem de R$ 1,9 milhão para compra de medicamento. É muito importante, em razão do surto de diarreia entre aquelas pessoas que moram isoladas. Estamos fazendo processo licitatório para comprar os medicamentos para atender a população. Os poços estão secando por conta do lençol freático muito baixo. Já pensamos em fazer racionamento de água”, finalizou o prefeito.