O Ministério do Trabalho e Emprego estima que, nos primeiros três meses de operação, os novos empréstimos consignados para trabalhadores da iniciativa privada, com garantia do FGTS e desconto em folha, ultrapassem R$ 100 bilhões em desembolsos.
A projeção é do secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena (leia mais abaixo).
“É um programa novo, tem um período de maturação. A expectativa que a gente ouviu dos bancos e de todas instituições financeiras, que vão trabalhar para migrar de imediato, e não sei qual o prazo deles, R$ 85 bilhões dos R$ 320 bilhões que existem de CDC [crédito direto ao consumidor]”, disse Macena, do Ministério do Trabalho, ao g1.
A expectativa do Ministério do Trabalho, e dos bancos, é de que as pessoas busquem o consignado do setor privado para quitar empréstimos que possuem com juros maiores.
Mais de 5,6 milhões de pessoas já acessaram o sistema para solicitar empréstimos consignados
Mais de 5,6 milhões de pessoas acessaram o sistema da Dataprev até as 9h30 desta segunda-feira (24) para solicitar propostas de empréstimos, cujo volume total já ultrapassa os R$ 50 bilhões.
De acordo com o balanço, os pedidos de crédito feitos até agora somam R$ 50,3 bilhões, refletindo o apetite da classe trabalhadora pela nova modalidade. Na média, cada solicitação tem sido de R$ 8.995, com prazo médio de pagamento de 31 meses. A margem consignável considerada nas propostas é de 35% do salário, o que indica uma média salarial de R$ 2.585 entre os trabalhadores que buscaram crédito, com uma margem média de R$ 901.
Para efeito de comparação, dados do Banco Central mostram que o estoque de crédito consignado no setor privado era de R$ 41 bilhões em janeiro de 2025. Ou seja, a demanda atual pela nova linha superou, em poucos dias, todo o volume até então ativo nessa modalidade.
Fonte: ICL Notícias