‘É um pesadelo’, diz mulher de empresário encontrado morto no Autódromo de Interlagos

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Por Francisco Lima Neto

(Folhapress) – A farmacêutica Fernanda Dândalo, 34, esposa do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, 35 disse que está vivendo um pesadelo.

Junior, como era conhecido o empresário, foi encontrado morto na terça-feira (3), sem as calças, dentro de um buraco de uma obra no autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.

“Isso é um pesadelo que eu não desejo para ninguém, para ninguém. Nem para a pessoa com a maior maldade no coração”, disse em entrevista para a TV Globo.

Os dois estavam casados havia oito anos. “Eu tô na casa dos meus pais porque eu não consegui voltar para casa e hoje, para mim, tem sido o pior dia. Eu acho que a ficha tá caindo de que ele não vai voltar”, disse emocionada.

Fernanda Dândalo, 34, diz que morte de empresário é pesadelo (Foto: Reprodução/Adalberto Amarilio dos Santos Junior no Instagram)

Fernanda afirmou que não entende o que aconteceu. “Eu preciso de respostas. Como que alguém sai do evento, vai para o estacionamento e dentro do estacionamento é morto? Como assim? Sem roubar nada?”, questionou.

Ela afirmou que o marido não tinha inimigos. “O Junior sempre foi uma pessoa tão boa. Eu posso te dizer que com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum”, declarou.

Ela usou as redes sociais para fazer uma declaração de amor.

“Recebi a pior notícia da minha vida. Meu amor, saiba que eu te amo demais e que agradeço por tudo o que fez por nós nesses anos todos. Não sei como viverei sem você. Peço a Deus que te receba de braços abertos. E que nos dê forças para continuar, pois tudo me lembrará você. Está muito difícil, meu Deus, saber que não voltará. Te amo, te amo, te amo.”

Empresário encontrado morto

A polícia encontrou o corpo do empresário no autódromo de Interlagos dentro de um buraco de cerca de três metros de profundidade.

De acordo com Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), ele estava sem algumas peças de roupas e tinha um capacete na cabeça. Uma câmera que ele usava acoplada no capacete, e que pode ter gravado seus momentos finais, desapareceu.

O empresário havia participado, na sexta-feira (30), de um festival no autódromo dedicado a motocicletas.

Adalberto foi de carro ao evento, mas teria usado uma moto no local — por isso, o corpo foi encontrado com um capacete.

Ele estava dentro do último buraco da fundação, o que segundo a delegada, indica que ele pode ter sido colocado lá.

O empresário estava sem algumas peças de vestuário, conta a delegada. “Para nossa surpresa, estava de jaqueta, só de cueca, sem calças e sem os tênis. Dizem que a jaqueta custa em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000.”

As calças e os tênis não foram encontrados. Para Ivalda, a hipótese de assalto é improvável, já que nem a carteira com dinheiro, nem o celular foram levados.

O corpo não tinha sinais aparentes de violência, lesão ou marcas de sangue. O corpo ficou preso na porção superior do buraco, longe do fundo.

Ela afirmou que, segundo legista, é mais fácil o empresário ter sido colocado no buraco depois de morto do que enquanto estava vivo. O corpo tinha terra no rosto, no nariz e na boca, ainda de acordo com Ivalda.

Ela afirmou que a polícia não descarta nenhuma possibilidade, como ele ter sido vítima do golpe “boa noite, Cinderela” ou ter sido obrigado a pular no buraco.

Próximos passos da investigação

  • A delegada pediu exames toxicológicos para identificar se havia alguma substância no organismo
  • Também foi solicitada radiografia de corpo inteiro para constatar se havia alguma fratura ou lesão
  • A polícia também tenta localizar as roupas do empresário
  • Os investigadores analisam cerca de nove horas de gravações atrás de pistas do que aconteceu





Fonte: ICL Notícias

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