O mercado de crédito de carbono tem gerado preservação do Meio Ambiente e retornos positivos às comunidades amazônicas
O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, recebeu nesta quarta-feira (31/05) um dos maiores produtores de créditos de carbono do mundo, Ricardo Stoppe, CEO da Ituxi Administração, situada no município de Lábrea (distante 702 km de Manaus), atuante na proteção às florestas, implementando de atividades de apoio e garantia nas questões de manejo sustentável da floresta.
Compensação e retorno positivo para o meio ambiente são duas das vantagens oferecidas pelo mercado de crédito de carbono. O Governo do Amazonas tem analisado de forma cautelosa e construído uma estrutura para a comercialização desses créditos.
Em 2022, o Estado assinou o decreto que estabelece as cotas de carbono já disponíveis para venda no Amazonas. São, ao todo, 809,6 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2e), reconhecidas pela Comissão Nacional de REDD (Conaredd), referentes a resultados de redução de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) obtidos de 2006 a 2015.
Valente aponta a importância de investir em créditos de carbono na Amazônia. “O mercado de créditos de carbono é o futuro da preservação das florestas amazônicas. Além de preservar a floresta, impulsiona a economia local e apoia de forma direta o caboclo amazônida com subsídios e de forma socioeconômica e cultural”, afirma o diretor-presidente.
Stoppe destacou o objetivo da reunião com o presidente do Ipaam e reforçou o compromisso com a Amazônia.
“Nós viemos manter o nosso compromisso de aumentar o número de projetos com o estado do Amazonas e provar que a mata em pé gera mais lucro que a mata deitada (desmatada), melhorando a vida dos ribeirinhos e da população em geral, mostrando os produtos amazônicos para o resto do mundo”, finaliza o empresário.
Os projetos da Ituxi juntos resultam em meio milhão de hectares preservados. A empresa está classificada entre as melhores do mundo no ranking da Sylvera Carbon Credit Ratings, empresa que realiza avaliações e análises relacionadas a créditos de carbono, o projeto Unitor está em terceiro lugar em reflorestamento.
FOTOS: José Narbaes / Ipaam
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