Idosos economicamente ativos são, cada vez mais, realidade no contexto populacional brasileiro. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Brasil conta com 21 milhões de pessoas acima de 50 anos e aproximadamente 4,5 milhões continuam trabalhando. A previsão de estudo da FGV com a PWC é de que até 2040, 57% dos brasileiros ativos estarão com 45 anos ou mais. O movimento de empresas para haver mais diversidade e inclusão em seus quadros de colaboradores já é percebido, principalmente nas grandes corporações.
Além da contratação, o debate precisa estar presente também no dia-a-dia de trabalho. O ambiente corporativo composto por colaboradores de diferentes faixas etárias pode apresentar dificuldades para companhias que não estão preparadas para lidar com a presença de multigerações. “É necessário afirmar com todos os colaboradores a importância da pluralidade e inclusão geracional como fatores que enriquecem os ambientes corporativos”, explica Fabiano Castro, gestor do Grupo Sabin em Manaus.
Pensando nisso, em 2018 foi criado o Programa de Diversidade & Inclusão. Com o papel de reforçar e garantir a promoção de ações que estimulem a diversidade e inclusão na rotina de trabalho, além de acompanhar metas e evoluções relacionadas ao tema. O Programa tem como base cinco pilares: gênero, raça, LGBTQI+, pessoas com deficiência e multigerações. Cada pilar tem uma participação direta de colaboradores que possuem conhecimento de causa para serem porta-vozes do tema, ajudando a empresa a manter um ambiente de respeito, cuidado e valorização das diferenças.
A empresa procura incentivar um mercado mais igualitário desde a sua fundação, feita por duas mulheres: Janete Vaz e Sandra Soares Costa. É reconhecida por suas práticas de gestão de pessoas: já foi premiada como “Empresa do Ano” no ranking do Guia Exame de Diversidade e, recentemente, foi eleita “Empresa Destaque” na premiação GPTW 50+ do Instituto Great Place To Work por suas práticas voltadas à colaboradores acima de 50 anos e sua cultura inclusiva.
“As empresas entendem que a população está envelhecendo e que a parcela de cidadãos da terceira idade será cada vez maior nos próximos anos. Com isso, será necessário possuir políticas que incentivem oportunidades para este público”, frisa. No Sabin, os colaboradores acima de 50 anos correspondem a 7,5% do quadro nacional de colaboradores e 11,45% das lideranças são ocupadas por estes profissionais.
De acordo com Fabiano Castro, as empresas precisam de um clima organizacional que valorize o respeito e a imparcialidade. “Quando valorizamos o colaborador, investimos em seu desenvolvimento e damos oportunidade de crescimento e carreira, independente de sua idade, estamos contribuindo para o engajamento das pessoas, que ficam mais produtivas e motivadas. Como consequência, o ambiente de trabalho se transforma”, finaliza.