Concorrente do Ozempic, Mounjaro chega ao Brasil em junho com muitas promessas

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O Mounjaro, medicamento para diabetes desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, estará disponível no mercado brasileiro a partir de 7 de junho.

Considerado o principal concorrente do Ozempic e do Wegovy, fabricados pela dinamarquesa Novo Nordisk, o Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida, uma molécula que atua como agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP. Esses hormônios, produzidos no intestino e liberados após as refeições, ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue ao estimular a produção de insulina pelo pâncreas.

Embora o preço original ainda não tenha sido divulgado, especialistas apontam que o valor do Mounjaro poderá variar a depender do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em cada estado, da dose e da quantidade de canetas para aplicação por embalagem. Em uma projeção, é possível avaliar que a dose máxima pode custar cerca de R$ 3.791,07 em São Paulo.

Caneta de Ozempic, que ficou famosa por ajudar no emagrecimento. (Foto: Reprodução)

No que o Mounjaro pode ajudar

Estudos indicam que o medicamento pode proporcionar uma perda de peso significativa. Em uma pesquisa clínica divulgada em dezembro, foi demonstrado que ele é capaz de reduzir o peso corporal em 20,2% após 72 semanas de tratamento, um desempenho superior ao dos 13,7% observados com a semaglutida, presente no Ozempic e no Wegovy. Além disso, o Mounjaro superou a semaglutida em todos os principais desfechos do estudo.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2 em setembro de 2023. Em teste clínico, o Mounjaro levou ao controle da glicemia em 92% dos pacientes tratados com 15 mg do medicamento. Os pacientes conseguiram ficar com uma hemoglobina glicada abaixo de 7%, que é o nível recomendado pelas diretrizes médicas para o controle adequado do diabetes.

A aprovação do medicamento pela Anvisa, no entanto, contempla apenas o tratamento do diabetes tipo 2 e, por isso, o uso para tratamento da obesidade ainda não é aprovado. A Eli Lilly informou que submeteu para a Anvisa a indicação da tirzepatida para o tratamento da obesidade. O pedido está em análise.



Fonte: ICL Notícias

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