Os lugares onde os consumidores andam são tão importantes para o varejo físico que a pessoa nem precisa entrar no estabelecimento para fornecer insights importantes à estratégia do negócio. O simples ato de passar em frente à vitrine já pode dizer muito sobre a capacidade de despertar a atenção e de atrair o público. Ter indicadores que mostram quantas pessoas passam em frente à loja todos os dias e quantas, de fato, entram para checar algum produto é essencial para uma boa gestão.
A relação dos entrantes e passantes traz informações fundamentais para o planejamento estratégico de qualquer loja. Sozinhas ou combinadas com outros dados, oferecem uma visão completa sobre a operação, as vendas, o marketing, entre outras áreas. Entretanto, como alcançar esses relatórios e, principalmente, como transformar quem passa pela vitrine em visitante e, posteriormente, em consumidor? Confira o passo a passo possível com a análise destes dados:
1 – Sua vitrine está chamativa?
Uma das informações mais básicas que o varejo precisa ter de seus consumidores é a lista de desejos e/ou demandas. Ou seja, os produtos que despertam sua atenção e os fazem pensar em adquiri-los. No e-commerce essa tarefa é simples, mas na loja física é preciso saber quantas pessoas passam em frente ao estabelecimento e o percentual delas que resolvem parar diante da vitrine. Com esses insights, é possível saber o que chamou a atenção e criar campanhas específicas de marketing e de vendas para que aquele perfil se interesse e resolva conhecer mais detalhes.
2 – Por onde o consumidor anda na loja?
O indivíduo pode ter entrado no estabelecimento, mas isso não significa que sua atenção já foi capturada. Pelo contrário, é preciso continuar analisando as informações que ele deixa a partir de sua movimentação pelos corredores. Os entrantes podem trazer novas informações, como o tempo que resolvem passar dentro do comércio e o caminho que costumam fazer. Isso possibilita redesenhar as prateleiras, criar peças de marketing e melhorar e exposições de produtos para continuar chamando atenção.
3 – Quais são as áreas de calor?
Assim, conforme as pessoas se deslocam pelos corredores e espaços da loja física, a análise desses dados vai identificar as áreas de calor – que nada mais são do que os locais com maior presença de pessoas! Essas informações reforçam o que deve ser mais importante na estratégia de marketing e de vendas da empresa. Se as pessoas resolvem passar mais tempo em determinado corredor, isso significa que os itens naquele lugar são mais visados e que é possível criar iniciativas para estimular as vendas.
4 – Conhece os horários de pico?
Evidentemente essa movimentação não ocorre o tempo todo. A descoberta dos horários de pico também é um importante indicador para melhorar o desempenho do estabelecimento. Além de reforçar quais são as horas do dia com maior presença de público e, consequentemente, com maior propensão de vendas, essa informação contribui para a melhor gestão do pessoal, permitindo ao gestor antever o maior fluxo e preparar sua equipe de vendas para atender as pessoas da melhor forma possível.
5 – Já mensurou a taxa de conversão?
Por fim, a única forma de descobrir se a pessoa que saiu da vitrine para a loja se tornou, de fato, um consumidor é com a análise da taxa de conversão. Sem dúvida, é um dos indicadores mais desejados pelos empreendedores porque mostra a eficiência do varejo. Para isso, basta comparar o número de pessoas que circularam pelo estabelecimento em um período com o total de vendas realizadas pelos caixas. Esse número vai mostrar se a estratégia está dando resultados ou se é preciso adotar pontos de melhoria no negócio.
*Ricardo Fiovaranti é CEO da FX Data Intelligence, empresa especialista em visão computacional dirigida por IA, fornecendo insights estratégicos para o varejo.