China nega, de novo, negociação com Trump

0
1


ouça este conteúdo

00:00 / 00:00

1x

Em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, a China estaria estudando conceder algumas isenções tarifárias a produtos norte-americanos importados, embora o governo chinês não tenha confirmado a informação ainda. O que Pequim afirmou, de novo, nesta sexta-feira (25), é que não há nenhuma negociação em curso sobre tarifas com o governo estadunidense e pediu para que Trump pare de criar “confusão”.

Segundo reportagem do jornal inglês Financial Times publicada nesta sexta-feira (25), o Ministério do Comércio da China estaria revisando os setores afetados pelas sobretaxas de 125%, um revide às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Entre os setores que devem ter alívio tarifário, segundo a reportagem intitulada “China concede algumas isenções tarifárias para importações dos EUA enquanto a guerra comercial se intensifica”, estão empresas dos setores de aviação e de produtos químicos industriais.

Ainda de acordo com a reportagem, alguns desses produtos já foram beneficiados com suspensões temporárias de tarifas, enquanto a mídia local relatou que certos semicondutores também foram poupados das tarifas.

Porém, cabe ressaltar que a reportagem da FT obteve as informações de Michael Hart, presidente da Câmara Americana de Comércio na China. Ele afirmou que as importações de produtos de saúde estão sendo analisadas para possíveis isenções tarifárias, e acrescentou que o Departamento de Comércio dos EUA também está revisando o impacto das tarifas sobre as empresas.

Ao FT, Hart disse que o Ministério do Comércio chinês se reuniu com representantes da câmara e de empresas associadas para avaliar os impactos das tarifas recíprocas de Trump e de Pequim. Empresas teriam relatado à Câmara Americana de Comércio que, até mesmo na última semana, algumas remessas importadas não foram taxadas com as tarifas.

Enquanto isso, o presidente dos EUA disse, em entrevista publicada nesta sexta-feira pela Time Magazine, que o presidente chinês, Xi Jinping, teria ligado para ele para negociar, mas não deu detalhes de quando foi a ligação nem o que líder chinês teria dito.

Depois disso, o governo chinês voltou a negar que esteja tendo qualquer conversa sobre tarifas com Trump e ainda que os EUA deveriam “parar de criar confusão”.

Governo da China não confirma informações da reportagem

A reportagem do FT disse ter procurado o Ministério do Comércio da China para confirmar as informações, mas o órgão não respondeu ao pedido de comentário sobre as isenções tarifárias.

Já o Ministério das Relações Exteriores afirmou não estar familiarizado com nenhuma isenção e reiterou que não houve negociações diretas com os EUA sobre a redução das tarifas.

Outra reportagem, publicada pela Bloomberg na quinta-feira (24), também afirma que a China considera suspender suas tarifas de 125% sobre algumas importações dos Estados Unidos. A reportagem aponta que os produtos incluem equipamentos médicos e substâncias químicas industriais, como o etano.

Lembrando que o próprio Trump já havia excluído produtos chineses de alto valor, como smartphones e eletrônicos, do tarifaço de até 145%. Na ocasião, ele disse, no entanto, que as isenções seriam temporárias.

As sobretaxas de 125% impostas pela China atingiram duramente os produtos agrícolas e energéticos dos EUA.

A guerra comercial entre as duas superpotências foi desencadeada pelas novas tarifas anunciadas por Trump sobre os produtos chineses. A China revidou todas as investidas.

Quando anunciou o tarifaço, Trump argumentou que se tratava de uma retaliação por práticas comerciais injustas contra os Estados Unidos. A ideia também era forçar empresas a voltarem a produzir nos EUA.

O resultado, porém, foi o abalo dos mercados financeiros globais e o aumento do temor de uma recessão global.

 

 





Fonte: ICL Notícias

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui