O Boi Caprichoso amparou, com cestas básicas, indígenas do povo Warao deixados no porto de Parintins por embarcação que tinha como destino Santarém, Pará. A ação solidária foi realizada após o presidente da associação cultural, Jender Lobato, tomar ciência da situação ocorrida com um grupo de 19 venezuelanos na quinta-feira (25).
O presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, afirma que a iniciativa da diretoria do Boi Caprichoso beneficiou seis mulheres, seis homens e oito crianças que tiveram os direitos violados por não prosseguirem viagem até Santarém, onde encontrariam outros familiares. O grupo saiu de Tucupita, Venezuela, e entrou no Brasil por Pacaraima, Roraima.
Os indígenas venezuelanos pagaram R$ 4 mil, em Manaus, para a embarcação, com passagens e alimentação inclusos no serviço para transportá-los até a cidade de Santarém. Porém, a viagem do grupo ao Pará foi interrompida no porto de Parintins e se transformou em pesadelo, sem haver reembolso do dinheiro por parte do barco.
Os indígenas venezuelanos foram abrigados no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) até retornarem a Manaus na madrugada deste sábado (27). O diretor administrativo do Boi Caprichoso, Diego Mascarenhas, entregou as cestas básicas no centro de assistência social da Prefeitura de Parintins.
O presidente do bumbá assegura que o Boi Caprichoso sempre defendeu os povos da terra e, no ano passado, no início da pandemia da Covid-19, contemplou indígenas residentes na cidade, assim como destinou cestas básicas para uma das lideranças do povo Sateré-Mawé que contribuiu com algumas aldeias.