Em pauta, temas que não foram incluídos na agenda da Cúpula da Amazônia, como o desenvolvimento econômico
Um dia inteiro de debates para chamar a atenção para um problema que aos olhos da Associação PanAmazônia se resolve com a promoção do equilíbrio entre o progresso e preservação do meio ambiente, uma solução realista e possível, desde que haja o entendimento de que a preservação não pode gerar isolamento e nem tirar do ribeirinho o direito de progredir.
O seminário “Caminhos para a prosperidade na Amazônia – economia, sociedade e meio ambiente, o equilíbrio indispensável” reuniu no auditório da Federação do Comércio do Estado do Pará, nesta segunda-feira, um público qualificado, com forte presença de empresários e formadores de opinião para discutir a realidade do desenvolvimento na Amazônia e possíveis soluções para manter a floresta em pé e levar desenvolvimento para à população “ Tratamos de temas vitais que não foram incluídos nos debates da Cúpula da Amazônia.
Assim, a Associação PanAmazônia preencheu uma lacuna temática indispensável para o futuro da região”, salienta Belisário Arce, Fundador, Diretor Executivo da Associação PanAmazônia e coordenador do seminário.
Um dos exemplos apresentados como gerador de desenvolvimento econômico e social aliado a conservação ambiental foi o da Balsa Açaí (Fábrica Flutuante de Açaí), das empresas Bertolini, que é um projeto que leva desenvolvimento para onde é mais que necessário na Amazônia.
“ Todo mundo tem muita vontade de ajudar, muita vontade de fazer as coisas ,mas existem poucos projetos que levam de fato o desenvolvimento para o interior, poucos projetos que de fato contribuem para o desenvolvimento da Amazônia. A gente acredita que a Balsa Açaí é um desses projetos”, explica Fábio Gobeth, Assessor da Presidência das Empresas Bertolini.
Gobeth ressalta ainda que a empresa teve total preocupação com sustentabilidade, com o uso da água, com destino correto dos resíduos, com a energia sustentável e isso é prova de que o desenvolvimento e a sustentabilidade podem caminhar juntos.
Uma grande preocupação da PanAmazônia é com o discurso “romântico” de que apenas manter a floresta em pé é a solução para o desmatamento, para a poluição e para outros males causados pela destruição da floresta, sem pensar em quem habita nessas áreas e precisa de oportunidades e alternativas econômicas para sobreviver.
“A Cúpula da Amazônia é organizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônia, OTCA, que é composta por pessoas não são da Amazônia, e jamais poderiam entender o quanto a vida é complexa para os povos da região”, adverte Arce.
O Presidente da Fecomércio/PA, Dr. Sebastião Campos, destaca que “Foi uma reunião bastante produtiva com a participação de várias entidades da iniciativa privada do Pará onde foi discutido uma série de temas de importância para o desenvolvimento econômico e prosperidade da região, com foco nas exigências de sustentabilidade ambiental”
O coordenador do evento, Bellisário Arce, explica ainda que não se trata de guerra de narrativas, mas de unir forças em prol da geração do agora. “Não podemos nos contentar em aceitar agendas externas que querem nos impor. Só nós, amazônidas, seremos capazes de fazer a diferença”, finaliza.