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Amazônia Pura Essência. Saterés-Maués assistem documentário sobre CULTURAS de suas aldeias !

Documentário Amazônia Pura Essência
POVOADO INDIGENA SATERÉ-MAWÉ ASSITE EM “PRIMEIRA MÃO” DOCUMENTÁRIO QUE TRÁS NARRATIVAS CULTURAIS DE SUA ALDEIA

O Documentário Amazônia Pura Essência foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (06) com duas exibições públicas e transmitido por meio de live através do Facebook.

A primeira exibição do Documentário Amazônia Pura Essência aconteceu às 08:00 horas, dentro da tribo Sahu-Apé para os índios da etnia Sateré –Mawé. Durante a exibição, os indígenas puderam conferir na íntegra documentário, de aproximadamente 50 minutos de duração. O projeto audiovisual tem o objetivo de resgatar a história milenar da tribo na fabricação de três essências, que segundo suas crenças, possuem o poder de atrair o sexo oposto e a boa sorte financeira.

Pajé Sahu da Silva garante o efeito de atração de suas essências e revela no documentário que duas de suas essências são extraídas do Boto Vermelho, popularmente conhecido como Boto Rosa da Amazônia e a terceira essência possui uma grande ligação com o pássaro Uirapuru. A obra por sua vez, traz uma importante narrativa de preservação e conservação dessas espécies. Pois de acordo com o Pajé, os animais precisam estar vivos e soltos em meio a natureza.

O Documentário Amazônia Pura Essência foi contemplado pelo PROGRAMA CULTURA CRIATIVA – 2020/LEI ALDIR BLANC – PRÊMIO FELICIANO LANA” DO GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, com apoio do GOVERNO FEDERAL – MINISTÉRIO DO TURISMO – SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA E FUNDO NACIONAL DE CULTURA, e todo o trabalho de produção começou a ser desenvolvido entre o final de 2020 e o começo de 2021, em meio a pandemia da Covid 19. Porém, segundo a idealizadora do projeto e diretora geral do Documentário, a jornalista Liliane Costa, todo o trabalho de produção e pós-produção seguiu rigorosamente todos os protocolos sanitários contra a Covid -19. “Consideramos as comunidades indígenas como mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas, porém queríamos oferecer para eles, um pouco dessa magia do universo audiovisual, da sala de cinema com cheiro de pipoca e guloseimas, dessa forma, decidimos não misturar os tipos de público. Por este motivo, observamos a necessidade de fazer uma exibição exclusiva somente para os membros da Tribo dos Sahu Apé que protagonizam a obra.” Justifica Liliane.

O evento foi marcado com distribuição de kits cinema, contendo pipoca, batata-frita, refrigerante e diversas outras guloseimas que é de costume consumir nas salas de grandes cinemas. Pajé Sahu ficou feliz pela manhã diferente que os membros de sua tribo puderam vivenciar e ficou satisfeito com o resultado do trabalho. Sahu falou que o documentário passou a mensagem principal de conservação e preservação que ele queria passar, ao ver a necessidade de revelar um segredo tão bem guardado por seus antepassados, para poder preservar espécies que estão sendo mortas de forma indiscriminada por uma interpretação errada na confecção dessas essências. “ Não é com o órgão genital do Boto que faz a essência para atrair o sexo oposto, não é com a destruição do ninho que vamos tirar a essência para atrair a sorte financeira, estão fazendo tudo errado e matando os animais. A forma correta requer paciência e sintonia com o meio ambiente, o animal precisa estar vivo e feliz para as essências surtirem feito. É o que se pega e como pegamos todos os ingredientes que faz tudo acontecer, além das orações. ” Explicou Pajé Sahu.

Segunda Exibição

A segunda exibição do Documentário foi destinada de forma presencial para um público restrito formado de autoridades, especialistas que participaram do documentário e a imprensa de forma geral. O evento aconteceu no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, e iniciou as 15 horas com transmissão ao vivo pelo Facebook, no endereço www.facebook.com/amazoniapura.essencia, para que o público aberto, também pudesse assistir todo o evento. Foi o primeiro documentário de produção totalmente amazonense e inclusivo para diversos públicos, contando com tradução em Libras, caracteres em português e tradução para o inglês.

Na ocasião estiveram presentes o Secretário de Estado de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, a diretora do Centro Cultural dos Povos da Amazônia Gecilda Furtado, o peota e compositor Celdo Braga, a doutora e especialista em mamíferos aquáticos Vera Silva, além de técnicos e profissionais da imprensa.

Durante a cerimônia o Secretário de Estado de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz mostrou-se satisfeito ao ver a realização de mais um projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc que retrata por vários ângulos a cultura do estado do Amazonas. “O estado do Amazonas conseguiu ter um expressivo resultado na operacionalização da lei Aldir Blanc, somos o terceiro estado na operacionalização dos recursos aplicados, com 98,8% . Este auxilio está permitindo que muitos profissionais possam de alguma forma estar fazendo seu trabalho, gerando renda para outras pessoas que compõem as equipes e ao mesmo tempo, não permitindo que a cultura pare. Quero parabenizar a iniciativa na abordagem do tema que certamente será mais um legado que fica para o nosso estado, trazendo esse sentimento de pertencimento da nossa cultura. ” Falou o secretário.

A diretora do Centro Cultural dos Povos da Amazônia Gecilda Furtado sentiu-se saudosa ao assistir o Documentário e ficou feliz por estar retomando aos poucos as atividades culturais do Centro. “ É preciso que a gente tenha mais projetos culturais como este que mostre quem somos, de onde viemos e porque somos Amazônia. Quando assisti o documentário fui para a minha infância com as minhas crenças, algo muito singular de ver, fiquei muito feliz. É muito importante também estarmos começando a receber esses tipos de projetos com esse cuidado na organização em relação a prevenção da Covid 19 neste primeiro momento em que estamos retomando aos poucos as nossas atividades. ” Esclareceu Gecilda.

O escritor e poeta Celdo Braga, participou da cerimônia representando os especialistas que fizeram parte de uma série de discursões que permearam a construção das essências amazônicas com seus mitos e lendas. “Eu fico feliz, porque é mais um traço especial de personagens, crenças, situações e atores do nosso estado onde alguns se apresentam em nome da ciência e outros em nome da tradição, mas que se colocam neste documentário para que outros momentos, nossas crianças de hoje, possam ter acesso a esta obra audiovisual amanhã. Dessa forma quero dizer que eu assino embaixo de tudo que eu disse e acredito durante o documentário e vou morrer acreditando nisso. “ Finalizou o poeta.

Todo o documentário pode ser assistido na integra nas redes sociais do projeto.
https://www.amazoniapuraessencia.com/
Fonte: Assessoria de Comunicação Documentário Amazônia Pura Essência- (92) 99276-5147
Fotos: Willian Souza e Michael Dantas

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