Abril registra queda nas negociações coletivas

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Os dados dos reajustes salariais de abril indicam uma piora no quadro das negociações coletivas dos salários, de acordo com os dados coletados pelo Dieese.

No mês passado, o percentual de reajustes acima da variação do INPC caiu para 67,7%, após ter oscilado quase sempre em torno dos 80% nas datas-bases anteriores, com a exceção de fevereiro, que registrou aumentos reais em 90% dos casos.

O quadro é agravado pelo fato de que o percentual de reajustes abaixo da inflação, sempre considerando o INPC como índice de referência, subiu para 20%. Trata-se do maior percentual registrado em uma data-base desde agosto de 2022.

Apesar da piora observada nesses indicadores, a variação real média de abril foi maior do que a observada no mês anterior (março) e em outras datas-bases de 2024 (agosto, novembro e dezembro).

O melhor desempenho de abril a esse respeito é fruto do aumento do patamar dos ganhos reais das categorias com reajustes acima da inflação, que puxaram o valor médio para cima.

Destacam-se as negociações de trabalhadores/as no comércio, na construção e mobiliário e em serviços privados de saúde. Os dados são ainda incipientes. É preciso ressaltar que o Dieese analisou, até o momento, apenas 10% dos reajustes que costumam ser registrados na data-base abril. Nada impede que as negociações que ainda não foram concluídas e relatadas obtenham resultados mais satisfatórios e alterem o quadro do mês.

O aumento da inflação pode ter influído no desempenho das negociações de abril. Nesse mês, o valor do reajuste necessário para recomposição dos salários foi de 5,20%, segundo o INPC, o maior percentual no período considerado. Para maio, o valor do reajuste necessário será ainda maior: 5,32%.

Negociações coletivas: setores rural e de serviços apresentaram melhores resultados

Os setores rural e de serviços seguem apresentando os melhores resultados nas negociações coletivas no começo de 2025, com ganhos reais presentes em, respectivamente, 86,8% e 84,5% dos casos.

A indústria vem em seguida, com 81,1%; e o comércio, por último, com 77,3%.

No entanto, quando se analisa o quadro dos últimos 12 meses, as diferenças setoriais diminuem significativamente, com todos os setores apresentando ganhos reais em torno de 85% dos casos.

Em relação à variação real média, os setores rural e de serviços também apresentam os maiores valores de 2025 (1,74% e 1,40%, respectivamente); e no acumulado de 12 meses, as diferenças setoriais também diminuem, com ganhos que variam entre 0,94%, observado no comércio, e 1,38%, nos serviços





Fonte: ICL Notícias

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