Ervas do bem: Majericão e orégano ajudam a reduzir riscos arteriais, indica estudo

Um estudo brasileiro investigou os efeitos que ervas como manjericão e orégano podem ter no organismo humano. Os resultados da pesquisa, publicada na revista científica International Journal of Gastronomy and Food Science, concluiram que esses condimentos tem capacidade de reduzir processos inflamatórios que prejudicam as artérias, consequentemente, ajudando na prevenção de problemas cardiovasculares.

A pesquisa, feita numa parceria entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP), teve como metodologia um sistema simples: as ervas eram acrescentadas em omeletes, que foram preparados de duas formas, uma feita em uma frigideira antiaderente, sem uso de óleo, e a outra em uma fritadeira a ar, a air fryer. A partir disso, Vanessa Sales, engenheira de alimentos da UFRRJ por trás da pesquisa, observou os efeitos.

A pesquisadora explicou que quando são aquecidos, os ovos passam por processos oxidativos que alteram a composição das gorduras, contribuindo para a formação dos chamados produtos de oxidação do colesterol (COPs). Caso sejam consumidos em excesso, os COPs favorecem inflamações e estão envolvidos com o aumento do risco cardiovascular, propiciando a aterosclerose, entre outros males.

Ambas as ervas, o orégano e o manjericão, tiveram bons resultados no combate a essa oxidação, contudo,  foi observado que o orégano foi mais eficaz durante o preparo na air fryer.

Essa ação antioxidante só é possível devido a uma soma de compostos — como os ácidos fenólicos, abundante nessas ervas — com propriedades que neutralizam os radicais livres — um grupo de moléculas oxidativas.

Como usar as ervas

Manjericão e orégano (Foto: iStock/fcafotodigital)

O orégano, natural da costa mediterrânea, combina bem com o azeite pois tanto seu gosto quanto seu aroma ficam mais pronunciados. Além do omelete, tembém combina com massas, pizzas e queijos.

Já o manjericão, original da Índia, realça s mesmas preparações e ainda é estrela no molho pesto, que acompanha massas, grelhados, torradas e afins.

Os dois podem ser usadas frescos ou desidratado.

A nutricionista Gabriela Mieko, do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte, do Hospital Israelita Albert Einstein, conta sobre o valor das experiências sensoriais, que envolve aspectos biopsicossociais, que vão muito além de nutrir o organismo.

“A culinária pode funcionar como uma espécie de terapia e ajuda a melhorar a relação com a comida”, defende a nutricionista.