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A cobertura da Record TV, emissora ligada à Igreja Universal, sobre morte do papa Francisco na segunda-feira (21) causou revolta nas redes pelo pouco destaque. A emissora só noticiou o falecimento do pontífice às 6h, quase 50 minutos após a notícia ser confirmada, e não alterou sua programação. O principal telejornal noturno, o Jornal da Record, dedicou apenas 3,5 minutos para Francisco.
Outras emissoras da TV aberta, como o SBT e Rede Globo alteraram toda sua programação matinal para informar seus espectadores sobre a morte de Francisco. A Record seguiu sua programação normal, com reportagens sobre futebol, diabetes, feriado com chuvas etc. Na programação noturna, só o Jornal Nacional teve 59 minutos de reportagens.
No X, antigo Twitter, a emissora de propriedade de Edir Macedo recebeu críticas. “A Record tratou a morte do papa como irrelevante na programação”, escreveu um perfil. “Não é sobre religião, mas sobre a importância histórica de um líder que tocou milhões. A ausência dessa cobertura já diz muito”, refletiu um usuário.
Outro perfil afirmou: “Na rede Record de televisão, o Papa Francisco não morreu, se a caso eu chegar na minha casa a porra tiver ligada nesse canal a tv vai voar do 15° andar.”
Veja mais reações
A Record não cobrir a morte do Papa Francisco não surpreende. A mesma acusou a igreja católica de ser a origem do anticristo na novela Apocalipse. pic.twitter.com/NRJchn6a52
— alan (@soueuoalan) April 21, 2025
Hoje em Dia tá fazendo a sonsa para a morte do Papa.
Record sendo Record. pic.twitter.com/2GkgO51MDA
— Dieguinho (@diegoschueng) April 21, 2025
É vergonhosa essa postura da Record diante da morte do Papa Francisco, usaram o VT inteiro pra atacar a igreja católica. https://t.co/cfRKWisRSC
— Júlio Pereira ★彡 (@juliopereirabfr) April 21, 2025

O bispo da Igreja Universal, proprietária da Record, Edir Macedo (Foto: Reprodução)
Record foi processada por intolerância religiosa
A Record TV foi comprada pela Igreja Universal do Reino de Deus em novembro de 1989, em uma transação avaliada em 45 milhões de dólares (na época, cerca de R$ 90 milhões). Até então, a emissora, que estava falindo, pertencia à família Machado de Carvalho, fundadora do canal, e a Silvio Santos.
Em 2023, a Record foi acusada de demitir autores de telenovelas e séries que se recusaram a se converter para a religião evangélica. A autora Paula Richard entrou com um processo contra a Record por intolerância religiosa.
Diante dessas acusações, o Grupo Record publicou comunicado intitulado “Record TV informa que não tem religião”. “A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação a acusação sofrida nesta quarta (31)”, dizia a nota.
Fonte: ICL Notícias