Bolsonaro mente e diz que Eduardo deixou Brasil para combater ‘nazifascismo’

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Ao participar da inaugurção de uma exposição sobre o Holocausto no Senado Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (18) que tem orgulho do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do cargo para ficar nos Estados Unidos. Ele está há 20 dias em território norte-americano, onde faz campanha contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e faz lobby pela intervenção do governo de Donald Trump no Brasil.

“[Eduardo] se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo, que cada vez mais avança em nosso país”, declarou o ex-presidente em evento no Senado.

Apesar da afirmação do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro frquentemente se encontra nos Estados Unidos com Steve Bannon, um dos ideólogos da extrema direita e do preidente Donald Trump, que em recente conferência de políticos “conservadores” de todo o mundo fez publicamente uma saudação nazista.

Aliado de Trump, Bannon faz saudação nazista no evento em que defendeu Bolsonaro

Aliado de Trump, Bannon faz saudação nazista no evento em que Eduardo defendeu o pai, Jair Bolsonaro

Tanto Eduardo quanto Jair também são interlocutores de Elon Musk, o homem forte do governo norte-americano, que também usou um evento público para fazer a saudação nazista.

Além disso, o ex-presidente recebeu em 2021 em seu gabinete Beatrix von Storch, neta de um ex-ministro de Adolf Hitler, que é a estrela do partido alemão AfD, que tem neonazistas entre seus integrantes.

Bolsonaro e a nova intentona da extrema direita nas redes

Aliado de Bolsonaro, Elon Musk fez o gesto nazista / ANGELA WEISS / AFP

O irmão de Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que o deputado deixa o país para não ser mais uma vítima do “alexandrismo”, se referindo ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que relata o inquérito da tentativa de golpe, que tem a família Bolsonaro como um dos alvos.

“A gente não está preocupado com as acusações, que ele sabe que ele não cometeu nada de errado. A gente está preocupado com quem vai julgá-lo e está evidente para todo mundo a cada dia que é um julgamento violento. E para fazer covardia e vingança, não é para fazer justiça”, disse o senador.
“Ele sabe que aqui não tem mais democracia, então ele continua lutando pela nossa lá de fora”, completou.

Bolsonaro

Em 2021, Bolsonaro recebeu Beatrix von Storch, neta de um ex-ministro de Adolf Hitler

Eduardo Bolsonaro era um dos deputados cotados para assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, posto que agora deve ser ocupado por outro nome bolsonarista do partido.

“O partido tem bons quadros que podem substituí-lo. Agora o Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos fazendo o que ele está fazendo ali sim, ele era insubstituível por causa do relacionamento que ele construiu por vários anos, inclusive em proximidade com o atual presidente Donald Trump e sua família”, disse Flávio.



Fonte: ICL Notícias

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