Como forma de reduzir impactos da seca dos rios do estado no transporte de insumos e produtos para o polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus) e o comércio da capital, o governador Wilson Lima anunciou neste dia 22 de julho a concessão de licença ambiental prévia para que as empresas Chibatão e Super Terminais instalem portos flutuantes provisórios no rio Amazonas.
As licenças ambientais foram concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Os portos provisórios serão instalados entre Itacoatiara e a enseada do rio Madeira.
Conforme o governo, essas são as primeiras de quatro licenças ambientais necessárias para a realização das obras para a instalação das estruturas portuárias.
“Os píeres são uma alternativa caso a dragagem que será realizada no rio pelo governo federal não seja o suficiente para a circulação de navios cargueiros. É uma medida importante porque elimina a possibilidade de desabastecimento em Manaus e outros municípios”, disse Lima.
Etapas
De acordo com o Ipaam, para a concessão de licenças, além da vistoria no local, foi feita análise dos requisitos exigidos das empresas.
A licença de instalação é a próxima etapa do processo e requer estudos de impactos ambientais e análises de risco.
“É a primeira vez que se licencia uma estrutura como essa. Ainda existe solicitação de estudos que as empresas devem entregar, assim como existem simulados antes da operação principal que a empresa vai fazer”, disse o diretor do Ipaam, Juliano Valente.
“Essa estrutura é importante porque, juntamente com o governo, conseguimos estruturar uma estratégia e uma infraestrutura para que possamos realmente ter uma solução para minimizar os impactos da estiagem”, disse o diretor do grupo Chibatão, Jhony Fidélis.
O supervisor de inovações e projetos do Super Terminais, Thiago Faria, disse que serão levados para o rio Amazonas quatro módulos, de 60 metros cada um.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, disse que o Governo do Estado está agindo para minimizar os impactos da vazante dos rios e da estiagem.
“Esses portos estão aptos a fazer o transbordo da carga dos navios para balsas, de tal forma que nós não teremos interrupção na entrada e na saída de mercadorias para Manaus”.