A Banda de Música da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) agora é Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Amazonas. Este ano, o grupo que é tradição em eventos estaduais completou 130 anos de existência, com repertório eclético que agrada o público de todos as idades.
Atualmente, com 37 integrantes, a banda é comandada pelo maestro Tenente Edmar Reis. Durante esses anos, muitos músicos fizeram suas contribuições. Entre eles, está o suboficial, Oscar Reis.
“Eu não posso esquecer da minha trajetória na Banda. Vou fazer 30 anos e 5 meses, de Polícia Militar, e o grande incentivo veio, através do meu pai, Oscar Reis. Ele fez parte da banda, e atuava como regente. É muito emocionante saber que sou raiz dessa história”, disse.
A lei que transformou a banda em patrimônio do Amazonas foi sancionada pelo governador Wilson Lima e representa o reconhecimento de um trabalho que teve início no dia 3 de junho de 1893, e segue sendo requisitado pela população amazonense.
“Esse reconhecimento é muito importante, agradecemos ao público amazonense que nos acompanha, porque sem o público não existe arte, cultura ou a realização das apresentações. Dependemos muito da participação da sociedade”, completou o Tenente Edmar.
Com um repertório eclético, os músicos realizam apresentações na capital e interior. Utilizando instrumentos de sopro e precursão, os eventos variam entre atividades solenes governamentais, formaturas, desfiles militares e ainda a participação no desfile das Escolas Estaduais e Municipais do Amazonas.
O subtenente Farias, que toca trompete há 14 anos na banda, destaca os momentos e a sua trajetória no batalhão.
“É um orgulho muito grande fazer parte da banda. O público sempre nos recebe com muito carinho. Desde adolescente, sempre trabalhei com música, e o meu sonho sempre foi entrar para a banda da PM. Seja no interior mais distante do Amazonas, a banda vai estar lá presente, contribuindo nos eventos do estado”, destacou Farias.
Com as apresentações suspensas durante a pandemia, o músico ainda destaca o período difícil que enfrentaram sem poder tocar.
“A pandemia foi o período mais marcante na minha vida. Nascemos para tocar e, naquele momento difícil, marcado pelo silêncio dos tambores e clarins, a população amazonense sentiu muita falta. Hoje estamos de volta e fazemos questão de levar o nome da banda para a população”, completou.
Além das 300 apresentações por ano, as causas sociais fazem parte da programação. Um deles é o projeto Banda de Música nos Colégios da Polícia Militar, que tem como objetivo transformar as fanfarras escolares em bandas musicais.
A Banda da PM também é responsável pelo projeto “Sunset”, que ocorre na Praia da Ponta Negra, na zona oeste de Manaus, e que surgiu da ideia do comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, o coronel Marcus Vinícius Oliveira de Almeida. O objetivo é aproximar a população da corporação. As apresentações são realizadas na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, todo domingo, a partir das 17h.