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Esportes e drogas. Juntos e misturados!

Texto publicado em 11 de março de 2013 na Coluna de Nailson Castro, no extinto BLOGDAAMAZONIA, que foi substituído pelo PORTAL CORREIODAAMAZONIA.

 

Logo após a morte de Elis Regina, talvez a maior interprete da música popular brasileira, o renomado Jair Rodrigues (compositor, cantor e ator) fez uma declaração na qual afirmou que as drogas estavam predominando no mundo artístico. A denúncia mudou pra sempre sua vida, já que ele foi quase que totalmente excluído do mundo artístico nacional. E com a morte de Chorão, o mundo artístico mais uma vez perde para as drogas uma mente brilhante. E poucos atacam o problema. Talvez por medo, já que a punição para quem luta contra as drogas é a execução.

E o que tem a ver os fatos que citei com o esporte? Infelizmente as drogas! E não vou para o cenário nacional para abordar esse assunto. No Amazonas, mais especificamente em Manaus, o mundo esportivo está infectado por esse mal. Futebol, futsal, handebol, basquetebol, voleibol, jiu-jitsu… Em muitas modalidades eu conheço praticantes que usam maconha, cocaína entre outros entorpecentes proibidos. O ambiente mais poluído é também o mais populoso, o futebol. O futebol amazonense além de não ter credibilidade, trabalho continuado nas bases, resultados positivos e nem torcedores, é o espaço preferido para o ataque dos lobos vestidos de cordeiro:  treinadores, preparadores físicos, supervisores e colaboradores.  Não podemos, não devemos e não iremos generalizar, mas pelo menos metade dos profissionais que deveriam ser    “luz”, são “escuridão”.

Talvez, ao abordarmos o tema, tenhamos que escutar como justificativa: “São adultos!”. Mas no meu caso, estou falando sobre os jovens, que imediatamente ao entrarem na adolescência e buscarem o sonho de um dia se tornarem jogadores de futebol, caem nas mãos de pedófilos oportunistas, irresponsáveis e inescrupulosos. Donos de clubes concordam a permanência desses crápulas em seus clubes por pura conveniência. Os problemas são permanentemente escondidos e assim vamos perdendo nossos jovens, dentro do esporte, que deveria ser local de preservá-los e encaminhá-los para melhores condições de vida.

Felizes os jovens que escapam das armadilhas antes de tropeçarem. A maioria é manipulada. O início da sedução é com presentes. Tênis, chuteiras e roupas caras. Depois ingressos para shows e muitas fichas para as bebedeiras.  Adolescentes, donos do mundo, seguem o instinto e colocam-se a experimentar tudo. Uma vez ambientalizados, são apresentados às drogas e drogados são induzidos às aventuras homossexuais. Saciam seus caçadores e sem saber como sair, abandonam o esporte.  Levam consigo a raiva, a vergonha e a desilusão. Os celulares, que hoje também são câmeras fotográficas e/ou filmadoras, registram tudo, servem como garantia de silêncio para os mais velhos e ‘calcanhar de Aquiles’ para os mais jovens. E o ciclo sempre recomeça. Nos campos de grama, de barro, nas quadras, nos clubes…

Assim como Jair Rodrigues estou jogando o “pó” aos ventos. Só isso!  Esse problema já é antigo e todo mundo sabe que existe, mas ninguém faz nada. Não se preocupam com o amanhã, mas infelizmente, cedo ou tarde esse problema chega as nossas casas e bate em nossas portas. Seja pelo vacilo de um dos nossos ou pela violência que esse problema traz/leva consigo. E fica assim o desabafo de quem não sabe a quem recorrer. Policia Federal?  Delegacia de Entorpecentes?  Delegacia de proteção à criança e aos adolescentes? Polícia Militar? A quem exigir o combate às drogas nos nossos campos e quadras de futebol?

Quem tem filho(s) precisa antecipar o problema, com muita conversa e exemplos, pois o esporte, que deveria servir de vacina ou remédio, está sendo utilizado indiscriminadamente como meio. Agora tenho certeza que todos tem uma melhor compreensão do problema e entendem porque nossos times profissionais não possuem jogadores amazonenses. É porque eles estão, literalmente, a fugir do problema. Eu estou fazendo a minha parte!

Nailson Castro é Jornalista, Radialista, Cronista Esportivo, Estudante de Direito. Atuou como repórter esportivo Na Tv Amazonas, Radio Amazonas, Jornal O Estado do Amazonas, Jornal Correio Amazonense, Jornal Acrítica, Tv Diário, Portal Norte de Notícias. Nos anos de 2003, 2004, 2005 e 2006 foi eleito pela ADA – ASSOCIAÇÃO DAS FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES ESPORTIVAS DO AMAZONAS, como o Melhor Jornalista Esportivo do Amazonas. Foi premiado por seis anos com MÉRITO ESPORTIVO, Prêmio Idealizado pela Secretaria Estadual de Esportes de Juventude Esporte e Lazer (SEJEL) Em 2019 foi um dos agraciados com o prêmio PROFISSIONAL DA IMPRENSA ESPORTIVA. Trabalhou como assessor no Instituto de Terras do Amazonas, Secretaria de Produção Rural do Amazonas, Agencia de Desenvolvimento Sustentável e Secretaria de Esportes do Estado. Atualmente exerce a função de Assessor de Comunicação e presta serviços para diversas entidades em Manaus e no interior do Amazonas.

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